» » » ARA San Juan: veja quem eram os tripulantes do submarino argentino

Foto:Reprodução
Fonte:  Periódico argentino “La Nacion”
Os destroços do submarino ARA San Juan , que desapareceu com 44 tripulantes a bordo há um ano , foram finalmente encontrados, informou, neste sábado, a Marinha Argentina. De acordo com uma publicação do órgão no Twitter, a embarcação foi identificada pela empresa americana Ocean Infinity, responsável pelas buscas. Na sexta-feira (16), um novo sinal que poderia ser do submarino desaparecido fez com que as buscas fossem retomadas.
A Marinha já havia compartilhado, nesta sexta-feira, uma foto do fundo do mar, sugerindo que um objeto de 60 metros de comprimento poderia ser o submarino perdido.
Segundo o jornal argentino “Clarín”, as primeiras informações, confirmadas quase que imediatamente pela Marinha e pelo governo do país, indicaram que os restos do submarino, que estaria “achatado na proa”, foram localizados no mesmo lugar onde foi registrada, há um ano, a falha hidroacústica, informada na época por organizações internacionais.
Antes de confirmar as informações à imprensa, por volta da meia-noite, a Marinha entrou em contato com os familiares e a juíza Marta Yáñez, que acompanha o caso, para informá-los sobre a descoberta. Segundo o periódico argentino “La Nacion”, a Ocean Infítiny cobrará US$ 7,5 milhões de dólares pela descoberta.
Na época, a Marinha interrompeu a missão de resgate duas semanas após o desaparecimento do submarino. Agora, as autoridades anunciaram que a embarcação havia sido encontrada numa região de cânions (espécie de rios submarinos), 800 metros abaixo da superfície do Oceano Atlântico e a 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia, onde se tinha montado o centro de operações durante a busca.
A área em que a embarcação foi localizada já havia sido rastreada anteriormente sem que o submarino fosse encontrado. Foram os familiares dos tripulantes que insistiram para que novas buscas fossem feitas na região, em função das suposições de que a embarcação estaria naquele local.
Parentes se reuniram para lembrar seus entes queridos no início desta semana, enquanto o presidente Mauricio Macri prometeu manter a busca pelo submarino.

BUSCAS COM ALTA TECNOLOGIA

O trabalho da empresa americana começou no dia 8 de setembro a cerca de 300 milhas náuticas de Comodoro Rivadavia. Para as buscas, foram usadas as tecnologias mais modernas disponíveis no mundo, incluindo cinco veículos subaquáticos autônomos (AUV) com os quais quase 7 mil quilômetros quadrados de fundo do mar foram mapeados.
Depois de navegar quarenta horas em média, os AUV eram retirados do mar quando a bateria se esgotou. Uma vez em cima do navio, os dados coletados pelo sonar de varredura lateral, a sonda multifeixe e o magnetômetro foram baixados. Isso levou cerca de quatro horas. O processamento subsequente levou entre 10 e 12 horas a mais.
Com base nessas informações, foram definidos os “pontos de interesse” que seriam investigados pelos Veículos Operados Remotamente (ROV), que possuem câmeras de vídeo de alta definição que transmitiam imagens ao vivo.
Os “pontos de interesse” foram classificados em uma escala de cinco níveis: a classe “A” corresponde à identificação do submarino, “B”, “alta probabilidade”, “C”, é de “forte probabilidade”; o “D” refere-se a uma “compatibilidade improvável” e o “E”, “identificado como incompatível”.
Até encontrar a ARA San Juan, 24 pontos foram descartados, principalmente formações geológicas. Com o achado de horas antes do final da primeira fase da busca, a firma cumpriu seu contrato e agora será a vez do governo de Mauricio Macri avaliar a viabilidade de recuperar o submarino com os 44 marinheiros que se encontram no fundo do mar.

OS MOMENTOS FINAIS DENTRO DA EMBARCAÇÃO

Os momentos finais do ARA San Juan não foram segundos nem minutos, mas horas em que uma série de eventos, alguns simultâneos e outros concatenados, levaram à implosão do submarino. Essa conclusão foi alcançada pelos três especialistas da comissão investigativa criada pelo Ministério da Defesa um mês após o último contato com o navio argentino.
O “La Nacion”, publicou, em abril deste ano, o esboço do relatório final que foi entregue dois meses depois ao o ministro da Defesa da Argentina, Oscar Raúl Aguad. A investigação havia detectado uma “anomalia hidroacústica” como causa do incidente. Segundo o documento, os fatos começaram com um incêndio no tanque de bateria localizado na proa, que teria sido causado pela entrada de água através do snorkel, após uma tempestade.

UM ANO DE ANGÚSTIA

O sumiço do submarino completou um ano nesta quinta-feira, sem respostas para a agonia das famílias que ainda acampam perto da base naval de Mar del Plata à espera de notícias. A estação perdeu o contato com o submarino ARA San Juan em 15 de novembro de 2017, quando a embarcação navegava pelo Golfo São Jorge, a 450 quilômetros da costa. Havia zarpado de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, de volta a Mar del Plata. As buscas começaram 48 horas depois. Treze países colaboraram com a operação, dificultada pelo mar revolto. A maioria se retirou antes do fim de 2017, diante da ausência de resultados.
A pressão das famílias, que arrecadaram recursos e acamparam 52 dias na Praça de Maio, em frente à sede da Presidência, em Buenos Aires, impulsionou a contratação de uma empresa americana para retomar o rastreio. A companhia Ocean Infinity prometia só receber pelo trabalho caso encontrasse o submarino. Zarpou rumo ao desafio em 7 de setembro, com quatro parentes de vítimas a bordo, mas não obteve resultado. Nesta semana, anunciou que havia suspendido a operação até fevereiro.


Lançado na Alemanha em 1983 e incorporado às forças argentinas dois anos depois, o San Juan era um dos três submarinos do país. Seu processo de reparação havia sido concluído em 2014. O governo admitiu que a embarcação realizava operações de espionagem.
Nascida na província de Misiones, perto das fronteiras com o Paraguai e o Brasil, a tenente Eliana Maria Krawczyk, 35, a primeira oficial de submarino da América Latina, era a terceira na linha de comando da embarcação e a responsável pelo arsenal de 22 torpedos do ARA San Juan. 

Notícias ao Minuto
Pedro Martin Fernandez
Era o comandante do ARA San Juan desde 2015. Casado e com três filhos adolescentes, ele flertou com a ideia de se tornar um professor antes de se juntar à Marinha. Em duas décadas de missões e programas de treinamento, ele viajou pelo mundo. Com 45 anos, viveu durante uma década em Mar del Plata, porto de origem dos dois submarinos operacionais da Marinha: o San Juan e o Salta. 
Notícias ao Minuto
Fernando Santilli
Fernando Santilli, 35, tornou-se marinheiro há três anos. Ele deixou a província de Mendoza para cursar engenharia. Na época do desaparecimento, a esposa dele, Jessica Gopar, postou uma carta no Facebook afirmando que cada dia de espera "é um pouco mais difícil. Há momentos de esperança, outros de grande sofrimento. Você não pode imaginar quantas pessoas estão orando por você". Ela ainda pediu ao marido para que ele "faça o impossível e volte à superfície. Você tem 44 vidas nas suas mãos. Estou esperando meu amor. Até logo".
Notícias ao Minuto
Alberto Ramiro Arjona
Aos 32 anos, Alberto, que deixou duas filhas e esposa, era cabo principal. Nasceu em Salta, no noroeste argentino. Ele também vivia com sua família em Mar del Plata há dez anos.
Alejandro Damián Tagliapietra
O tenente era conhecido como "Lucho". Em entrevista na Base Naval de Mar del Plata, o pai dele disse estar arrasado e querer a verdade. 
Fernando Ariel Mendoza
Nascido na província argentina de Concordia, no Nordeste do país, começou sua carreira em uma escola técnica e vivia em Mar del Plata.
Notícias ao Minuto
Hernán Ramón Rodríguez
Chefe de maquinário do ARA San Juan, trabalhava no navio havia nove anos. Natural de General Alvear, em Mendonza, era casado.
 Federico Alejandro Alcaraz Coria
Frederico tinha 27 anos e era maquinista do submarino havia um ano. Era um dos tripulantes mais jovens grupo. Nasceuna cidade de El Volcán, na província de San Luis, na região central do país.
Mario Armando Toconas Oriundo
Mario Armando Toconas Oriundo, 36, estava há 13 anos na Marinha da Argentina. Nascido na província da Patagônia, ele foi morar em Mar del Plata. Ele deixou um filho de 8 anos e a companheira dele, na época, estava grávida de quatro meses. 
Notícias ao Minuto
Sérgio Antônio Cuellar
Sérgio era natural de Salvador Mazza, em Pocitos. Tinha a patente de cabo principal e ocupava o posto de eletricista. Era casado com María Laura e pai de um menino.
Luis Esteban Garcia
Natural da província de Tucumã, vivia em San martín. Era casado e tinha dois filhos pequenos.
Jorge Ignacio Bergallo
Residente de Mar del Plata, Bergallo tinha uma filha. Seu pai, Jorge Bergallo, foi comandante do submarino ARA San Juan. 
Notícias ao Minuto
 Fernando Vicente Villareal
Tenente, Villareal nasceu na província de Ushuaia onde cresceu e iniciou sua carreira militar. Vivia em Mar del Plata com sua esposa e filho.
Roberto Daniel Medina
Oriundo de Atocha, na província de Salta, mudou-se para Buenos Aires. Em seguida, alistou-se nas Forças Armadas e, desde então, vivia com a mulher e os dois filhos em Mar del Plata.
Renzo Martin Silva
O tenente Renzo Martin Silva, de 32 anos, fazia parte da Marinha desde os 18 anos de idade. Ele cresceu aos pés da Cordilheira dos Andres, na província de San Juan. Tinha planos de se casar com a namorada, a tenente Maria Eugenia Ulivarri Rodi, em 2018.
Notícias ao Minuto
Diego Manuel Wagner
Tinhas 38 anos, era casado e tinha três filhos. Natural de Olavarría, vivia em Mar del Plata com a famíia.
 Víctor Andrés Maroli
Natural de Córdoba, Maroli tinha 37 anos e entrou para a Marinha em 2002. Além disso, era formado em Recursos Humanos.
Franco Espinoza
Integrante da tripulação havia cinco anos. Nasceu na província de Jujuy, vivia em Mar del Plata, onde iniciou os estudos para iniciar carreira como tripulante. 
Jorge Luis Mealla
Também natural de Jujuy, vivia em Mar del Plata havia cinco anos. Após encerrar os trabalhos na atual expedição, tinha planos de voltar à cidade natal para passar as festas di final de ano com a família.
Adrián Meoqui
Com 32 anos, trabalhava como tenente do navio, de acordo com o "Clarín". Era casado com Micaela Velasco, com quem tinha dois filhos.
Javier Gallardo 
Tinha 47 anos e era o suboficial principal. Morava em Mar del Plata com a família. 
Notícias ao Minuto
Walter Real 
Primeiro suboficial da embarcação, Walter tinha 43 anos, pai de um menino, ingressou aos 17 anos na Escola de Mecânica da Armada. Foi transferido para Punta Alta por ser apaixonado pela ideia de ser tripulante de um submarino. 
 Cayetano Vargas
Segundo suboficial, Caetano era de Angaco, província de San Juan, mas vivia há muitos anos em Mar del Plata. Ele deixou esposa e dois filhos. 
Celso Vallejos 
Celso ocupava o posto de segundo suboficial do submarino. Era casado com Paola Costantini e tinha três filhos.
Hugo Herrera
Segundo suboficial da embarcação, Hugo tinha 39 anos e integrava a divisão de controle de tiro do submarino. Era natural de Palpalá, mas morava em Mar del Plata. 
Víctor Enríquez
Natural de Las Margaritas, em Salta, ocupava o posto de segundo suboficial do submarino. Víctor tinha 37 anos, era casado e pai de duas meninas. Uma de 5 e outra de 11 anos.
Notícias ao Minuto
Víctor Coronel
Vitor era enfermeiro na embarcação
Ricardo Alfaro Rodríguez
Trabalhava no submarino há quatro anos e ocupava o posto na cozinha da embarcação. Nasceu em San Juan e vivia com sua mulher e o filho em Mar del Plata. 
 Daniel Fernández 
Ocupava o posto de segundo suboficial e morava em Mar del Plata junto com sua mulher, Natália. Daniel era pai de duas meninas: Sofia, de 3 anos, e Isabella, de 5.
 Luis Leiva
Nascido em San Juan, tinha 38 anos e sonhava em trabalhar em um submarino desde a infância. Por isso, aos 14 se transferiu para Mar del Plata para fazer parte da Armada. Já havia integrado a tripulação de outras embarcações. Na maioria das expedições, era o cozinheiro do grupo.
Jorge Monzón
Jorge era o cabo principal da embarcação. Casado com Jaqueline, era pai de uma menina.
Jorge Valdez
Jorge tinha 33 anos e ocupava o posto de Cabo principal. 
Cristian Ibáñez
Integrava a equipe que comandava o radar do submarino. 
Franco Espinoza
Integrava a tripulação do submarino havia cinco anos. 
Jorge Ortiz
Nascido em Posadas, era o mais velho de três irmãos. Jorge era casado com Griselda e pai de Thiago. No submarino, trabalhava no setor elétrico e de motores.
Notícias ao Minuto
Hugo Aramayo
Hugo nasceu em Jujuy, tinha 33 anos e em 2011 participou da viagem de instrução dos aspirantes da Marinha.
Luis Nolasco
Nascido em Salta, deixou sua terra natal em 2007 para ingressar a Armada Argentina. Vivia em Miramar e tinha duas filhas. Na embarcação, exercia a função de técnico eletricista. 
David Melián
David nasceu em El Bobadal, em Santiago del Estero, mas vivia em mar del Plata. Tinha oito irmãos e estava na Armada Argentina desde os 22 anos. Estava com 30 anos quando ingressou na embarcação.
Germán Suárez
Germán tinha 40 anos e era Cabo principal. Trabalhou no complexo naval Tandanor entre 2008 e 2014. Natural de Santa Fe, era casado com Itatí Leguizamón.
Daniel Polo
Nasceu em Jujuy, mas vivia em Mar del Plata. Era casado com Verónica Lazarte e tinha três filhas. Daniel era Cabo principal.
Leandro Cisneros
Tinha 28 anos e integrava a Marinha Argentina há sete anos. Havia se casado recentemente com Marisa, integrante da Armada Argentina. Leandro se especializou em imersão para poder integrar a tripulação do ARA San Juan. Já havia realizado diversas viagens no submarino.
Luis Niz
Tinha 28 anos e era de Capilla del Señor, província de Buenos Aires. Era mecânico de sistemas.
Aníbal Tolaba
Anibal era natural de Jujuy e tinha o cargo de Primeiro Cabo de Operações.
Enrique Castillo
Enrique era Cabo e morava em Mar del Plata junto a sua mulher, Anabela Aguirre. Era pai de uma menina.

«
Anterior
Postagem mais recente
»
Anterior
Postagem mais antiga