» » » Cármen Lúcia vê ‘mudança perigosamente conservadora’ no Brasil e no mundo

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal disse em seminário nesta segunda-feira que "a luta pela democracia deve ser permanente".
Foto: José Cruz/Agência Brasil
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), avaliou nesta segunda-feira (5) que “o Brasil e o mundo passam por uma mudança perigosamente conservadora”. A ex-presidente da corte máxima do País defendeu “a manutenção de direitos fundamentais conquistados ao longo dos últimos 30 anos”, vigentes pela Constituição de 1988.
“Estamos vivendo uma mudança, não só no Brasil. Uma mudança inclusive conservadora em termos de costumes. Às vezes, na minha compreensão de mundo, que pode não ser a correta, [uma mudança] perigosamente conservadora”, afirmou Cármen Lúcia, em discurso no seminário ‘Desafios Constitucionais de Hoje e Propostas para os Próximos 30 Anos’, em Brasília.
A ministra destacou o direito à liberdade de expressão. “O brasileiro está nas ruas, está presente. Se ele fala algo que não gosto, não é meu inimigo. Essa é uma mudança que foi possível porque vivíamos em 88 e continuamos vivendo numa democracia”.
Ela alertou que a luta pela democracia é permanente. “[Em 1988] O país vinha de um processo extremamente doloroso, de uma ditadura que tinha lutas e lutos. As lutas não acabam, porque a democracia e a Justiça são lutas permanentes. Mesmo que eu fique preocupada com as escolhas feitas, elas são típicas de cidadãos livres”.

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