» » » Morre "Cacique Jonne", ex-guitarrista da banda Chiclete com Banana

Crédito da Foto: arquivo Pessoal
Morreu na manhã desta sexta-feira (26/7) o "Cacique Jonne", ex-guitarrista da banda "Chiclete com Banana". A informação foi confirmada ao Aratu On pelo sobrinho do músico, Renato.
De acordo com Renato, seu tio morreu dormindo no quarto, em sua própria residência. O cacique sofria há vários anos de Ataxia Cerebelar,  doença que apresenta degeneração progressiva.
Ainda não há informações sobre o dia e local do sepultamento.
João Fernandes da Silva Filho, conhecido como "Cacique Jonne" tinha 54 anos,foi guitarrista da banda Chiclete com Banana no período de 1980 a 2001.
Em uma biografia escrita pelo próprio Cacique, ele conta das dificuldades que teve após a descoberta da doença e problemas com a banda que fazia parte. Leia: 
"Em conversa que mantive com os dirigentes da banda, ficou acertado, verbalmente, que sairia da banda, mas ela assumiria o pagamento de meus honorários como se estivesse tocando e depois faríamos um acordo. Como se tratava de um acordo justo aceitei-o; porém, o compromisso verbal não foi cumprido integralmente, porque os honorários prometidos foram sendo reduzidos gradativamente.
De forma integral o acordo foi cumprido apenas no período de junho a dezembro de 2001 a janeiro/2002. A partir do carnaval de 2002 os honorários começaram a sofrer cortes inexplicáveis. Vale ressaltar que nesse período tentei inúmeros contatos com a Banda, mas todos foram em vão.
Movido pela necessidade e pelo propósito de ter meus direitos restabelecidos e respeitados, busquei a Justiça. Em dezembro de 2002 foram instaurados até 2005. Ressalto que a minha saúde, com o passar do tempo, foi ficando cada vez mais comprometida. O quadro agravou-se e as seqüelas da doença atingiram minha visão, comprometeram minhas articulações e afetaram meu andar. Passei a necessitar de tratamentos mais especializados e onerosos. Mas, como poderia fazê-los se não dispunha de recursos financeiros para esse fim? Meus antigos parceiros permaneceram indiferentes e irredutíveis a esta situação, estranhamente, o processo foi julgado à revelia, e o mais grave é que eu, vítima, autor da ação e principal interessado na agilidade do julgamento e do resultado, não soube dessa audiência.
Meu advogado recorreu da sentença ao Tribunal Superior do Trabalho, TST, onde o processo foi arquivado. Atualmente estou sobrevivendo graças à pensão do INSS e da ajuda de amigos. Tudo o que almejo é ter o valor de meu trabalho artístico de mais de 20 (vinte) anos, interrompidos por motivos alheios à minha vontade, reconhecido financeiramente, a fim de que possa custear, sem favores, meu oneroso tratamento médico-hospitalar.

É justo que alguém que colaborou de forma íntegra a uma banda e a uma história musical baiana sofra este processo de constrangimento?"  Finalizou o músico.


«
Anterior
Postagem mais recente
»
Anterior
Postagem mais antiga