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Não há quem discorde que o rosto humano é um verdadeiro cartão de visita. Ele reflete as dores físicas e emocionais, o estresse, a alegria, as alterações hormonais e até maus hábitos, através da piora de condições crônicas que acometem a pele, como o melasma - um distúrbio de hiperpigmentação que resulta em manchas castanhas ou castanho-acinzentadas em áreas da face.
Mais comum no público feminino que no masculino, o melasma já atinge cerca de 35% das mulheres no Brasil, segundo estima a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), e pode ser agravado por diversas ações. Contudo, quais são elas e o que fazer para amenizar as manchas? Essas e outras dúvidas sobre o tema são esclarecidas pelas médicas dermatologistas e sócias da clínica inDerm, Camila Sampaio e Fernanda Ventin.
De acordo com Camila, uma das práticas que pode intensificar o quadro do melasma é utilizar receitas caseiras para o tratamento. No primeiro momento, pode até parecer uma ação inofensiva, mas muitas complicações podem ser geradas. “Esse hábito pode estimular inflamações nas regiões acometidas pela condição, fazer aparecer ainda mais manchas e ainda gerar algum tipo de sensibilidade ou alergia na pele”, explica Fernanda.
Nesse caso, a melhor solução é sempre buscar um profissional para avaliar o caso individualmente, orienta Camila. Segundo ela, deixar de se consultar com um médico dermatologista é mais um hábito ruim que pode piorar o distúrbio de hiperpigmentação e fazer com que a pessoa com melasma desenvolva uma baixa autoestima.
“Só um profissional capacitado poderá avaliar a situação, pois o melasma pode ser superficiais, profundos e os mistos" ressalta Camila. O principal ponto do tratamento do melasma é evitar a exposição à luz e ao calor. A principal fonte de luz responsável pela piora do melasma é realmente a luz solar. A luz proveniente de celular, computadores e tablets contribui muito pouco para a piora do melasma. Antes nós acreditávamos que essa exposição à faixa de luz visível dos eletrônicos era mais nociva.
O uso diário do protetor solar é o aliado certo, afirma Camila. Contudo, a dermatologista destaca que é importante se atentar para o fato de que o melasma também piora com a exposição à luz visível, então é fundamental o uso de protetores solares com cor pois o pigmento da cor faz uma barreira física protegendo contra a luz visível.
“É essencial priorizar os protetores solar com cor e com FPS maior que 50, além de manter uso constante do produto durante o dia para evitar e/ou controlar o quadro de melasma. A base principal do tratamento é o uso de protetor solar e clareadores de uso domiciliar. Mas existem outros muitos tratamentos complementares: peelings, antioxidantes orais, mesoterapia, microagulhamento e lasers. É muito importante também ter em mente que o problema não tem cura, mas pode ser controlado. Então, caso tenha desenvolvido, o melhor caminho é se consultar com o dermatologista para iniciar o tratamento”, instrui Camila.