» » » » Brasil passa por 'mais grave' retração em mais de 20 anos, diz FMI


O Brasil passa por sua mais grave retração econômica em mais de duas décadas, avaliou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu último relatório sobre as economias da América do Norte e América Latina, divulgado nesta quarta-feira (29). O órgão projeta uma contração de 1% do PIB brasileiro em 2015 e inflação de 7,8%. "Os investimentos privados ainda são um importante catalizador, uma vez que problemas de competitividade de longa data estão sendo agravados pelo afrouxamento das relações comerciais e pelo aumento das incertezas, incluindo as perdas decorrentes das investigações de irregularidades na Petrobras e o impacto da estiagem na oferta de energia", disse o fundo no documento. O FMI também destacou que a confiança do consumidor piorou drasticamente no país, em meio à alta da inflação, ao afrouxamento da oferta de crédito e a um enfraquecimento no mercado de trabalho. Segundo o órgão, a ação das autoridades para uma política monetária mais severa ajuda a enfraquecer a demanda no curto prazo, "mas é extremamente necessária para conter o aumento da dívida pública e reconstruir a confiança na política macroeconômica". No relatório, o órgão também destacou que o realinhamento de preços em andamento, incluindo a taxa de câmbio frente ao real, pode ajudar a melhorar as chances de investimentos ao longo do tempo.
América Latina - Em meados de abril, o órgão avaliou que parte considerável do resultado fraco da América Latina em 2015 é responsabilidade do Brasil. Se confirmada a previsão do FMI de "encolhimento" da economia brasileira, será o pior resultado desde a queda de 4,2% registrada em 1990. Em janeiro, o fundo previa um crescimento de 0,3% em 2015. Enquanto a Europa se recupera da crise, a América Latina e o Caribe devem registrar, em 2015, o quinto ano seguido de desaceleração econômica, segundo o FMI. O Produto Interno Bruto (PIB) do bloco deve crescer só 0,9% neste ano – enquanto a economia mundial deve se expandir em 3,5%. Entre os países emergentes, o desempenho da economia brasileira só será pior que o da Rússia, que deve ter uma retração de 3,8% de sua economia, enquanto a China deve crescer 6,8% e a Índia, 7,5%. (G1)

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