O jovem Felipe de Jesus Souza, 23 anos, foi morto a tiros no início da manhã desta quarta-feira (29) no bairro de Itapuã, em Salvador. O crime aconteceu por volta das 6h30, na rua Angélica, atrás da sede da Previdência Social.
Segundo familiares, Felipe trabalhava como jardineiro, em Piatã. De acordo com a polícia, mais de 35 tiros foram disparados para matar a vítima, que teve mais de 50 perfurações de bala. O jovem morreu no local do crime.
Testemunhas que presenciaram o assassinato contam que o jardineiro estava em um carro Corsa Classic branco quando foi fechado por quatro homens em um Golf, de placa OUY 6361.
Os suspeitos tiraram Felipe à força de dentro do carro, o arrastaram por mais de dez metros pela rua e, em seguida, o executaram a tiros. O grupo fugiu em direção ao bairro de São Cristóvão.
Os suspeitos tiraram Felipe à força de dentro do carro, o arrastaram por mais de dez metros pela rua e, em seguida, o executaram a tiros. O grupo fugiu em direção ao bairro de São Cristóvão.
O jardineiro morava na casa da avó, Dona Djanira, na rua Nova Esperança, que dá acesso ao local onde o crime ocorreu. "A gente imagina que isso aconteça com a família dos outros mas hoje a tragédia bateu na nossa porta", lamentou Joilson Moraes, primo de Felipe. Muito abalada, a mãe do rapaz, Maria Cristina Costa, afirmou não saber o que pode ter motivado o crime. "Ele não é primeiro nem será o último. Vai acabar ficando por isso mesmo. A vida dele ninguém vai trazer de volta", disse Maria Cristina, que trabalha como doméstica e tem outros dois filhos. A família de Felipe, que é evangélica, afirmou ter sido surpreendida pelo crime. "Ele era tranquilo, não mexia com ninguém. Não tinha envolvimento com drogas e isso pegou a gente de surpresa. Estamos tentando entender", disse Luciene Costa, tia do rapaz, ao CORREIO.
No carro em que Felipe estava foram encontradas uma trouxa de roupas no porta-malas, além de cópias de documentos de outras cinco pessoas e oito chips de celular novos. A mãe do rapaz disse à polícia que o rapaz havia acabado de alugar um apartamento e estaria fazendo sua mudança no momento do crime. Os familiares afirmaram ainda que o veículo usado por Felipe era de um tio que tinha alugado para ele trabalhar. Segundo a delegada Marilene Lima, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP),o carro não possui restrições e a vítima não tem passagens na polícia por envolvimento com crimes. Com Felipe, foi encontrada a quantia de R$152,00.
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A rua onde o rapaz foi morto dá acesso à Baixa da Soronha, região conhecida como área de intenso tráfico de drogas (Foto: Juarez Soares)
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Ainda de acordo com a delegada, pelo menos 35 tiros foram disparados para matar o jardineiro. Ele foi atingido nas regiões da cabeça, tórax, peito, glúteos e região pubiana. "Encontramos 21 fragmentos de bala e 14 projéteis de armas 388, .40 e 9mm", explicou Marilene Lima. O crime está sendo considerado pela Polícia Civil como uma execução.
"Tem umas 50 perfurações ao todo, incluindo entrada e saída. A vitima não pode sequer esboçar nenhum gesticulo de defesa. Também encontramos peças metálicas que serão periciadas na nossa coordenação de balística forense", disse o perito Inandy Souza.
"Tem umas 50 perfurações ao todo, incluindo entrada e saída. A vitima não pode sequer esboçar nenhum gesticulo de defesa. Também encontramos peças metálicas que serão periciadas na nossa coordenação de balística forense", disse o perito Inandy Souza.
CDB