A baixa umidade do ar que chega a 15% em algumas regiões baianas nos próximos dias, enquanto que o ideal conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 60% e temperaturas acima de 40º C segundo o Instituto Climatempo, deflagraram o estado de alerta em diversos municípios principalmente no oeste do estado, onde já não chove desde o mês de abril deste ano.
De acordo com o meteorologista do Inema, Heráclio Alves, a temporada de chuva nesta região, que vai aumentar a umidade do ar, só deverá começa a partir da segunda quinzena do mês de outubro e até lá a tendência é continuar o calor e a baixa umidade relativa do ar, "com influência negativa tanto para a saúde das pessoas, quanto para o risco que queimadas".
Para o coordenador estadual do programa PrevFogo/Ibama, João Carlos Noleto, as condições são difíceis pela condição climática.
Durante mais de uma semana ele e uma equipe de brigadistas estiveram no município de Santa Rita de Cássia trabalhando no controle de diversos focos. "Como a nossa roupa não foi projetada para atuarmos em bioma de caatinga, esta semana vamos receber novos kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pois, as botas e vestes foram rasgados pela vegetação de espinhos", afirmou Noleto.
A situação do clima provocou mudança nos horários de aulas de alunos da rede estadual de ensino e, de acordo com a diretora regional do Núcleo 11, professora Isolda Maia, em todas as escolas da região os alunos estão sendo liberados mais cedo. A mudança foi possível com a redução de cinco minutos de cada aula e também do horário de intervalo, culminando com a liberação dos estudantes 30 minutos mais cedo nos horários matutino e vespertino.
Maia afirmou ainda que todas as atividades externas como aulas de educação física estão suspensas até a chegada do período chuvoso. "Não há possibilidade de fazer aula debaixo deste sol, nem mesmo onde tem áreas cobertas, pois os alunos começam a passar mal", disse a professora Eugênia Carvalho, destacando que nestes dias as aulas são teóricas.
