» » Amigo de Dirceu confessa ter mentido a Moro e MPF pede novo interrogatório

O Ministério Público Federal requereu nesta quinta-feira, 28, ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, que ordene novo interrogatório do delator Fernando Moura, empresário ligado ao PT e amigo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. 



A Procuradoria alega “flagrante contradição” no depoimento que ele prestou na sexta-feira, 22, em relação a um trecho de sua colaboração premiada, firmada em agosto do ano passado. Moura aproveitou o depoimento da sexta-feira para fazer novas afirmações que favorecem o ex-ministro.

 Ele mudou sua versão sobre suposta orientação de Dirceu para que ele deixasse o País no auge do mensalão e disse que o responsável pelas indicações do PT para a Petrobrás era Silvio Pereira, ex-secretário-geral do partido. Afirmou, ainda, que nunca participou do repasse de valores para Dirceu. “Nada. Eu nunca negociei com o Zé, direto, de dinheiro, de nada”, disse Moura.

 O pedido do Ministério Público Federal é subscrito por 11 procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Eles destacam “a prova falsa produzida por Fernando Moura em juízo”. Nesta quinta-feira, Moura foi ouvido pelos procuradores e confessou “ter mentido” para Moro. 

Com isso, ele tenta salvar os benefícios que poderia ter como colaborador da Lava Jato. Os procuradores entregaram ao juiz o depoimento gravado do empresário. 

Moura alegou que mentiu por ter se sentido vítima de uma “ameaça velada”. “Saí do despachante, uma pessoa me abordou: ‘Oi, tudo bem? Como estão seus netos no Sul’. Fiquei completamente transtornado”, afirmou Moura, que chegou a cogitar mudar todo o seu depoimento, mas não citou nomes.

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