Prova foi interrompida depois que candidato ameaçou explodir local
O XX Exame de Ordem Unificado para candidatos de Salvador acontecerá no dia 14 de agosto, segundo divulgou na tarde desta quinta-feira (28) a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A prova, no domingo, precisou ser interrompida após um candidato ameaçar explodir uma bomba na Unijorge, onde aconteceria.
Cerca de 3.500 candidatos devem realizar a prova, sem custos adicionais para os inscritos. Na nota, a OAB-BA não divulgou onde acontecerá o novo exame.
Já o candidato Frank Oliveira da Costa, 36 anos, que ameaçou explodir a bomba, foi eliminado da participação por "comportamento indevido", previsto no item 3.6.21 do edital.
Ameaça
O bacharel em Direito Frank foi reprovado por 14 vezes no exame da ordem. A informação é da seccional baiana da OAB. Frank prestou o exame oito vezes em Salvador e seis em Natal, Rio Grande do Norte, onde morou por cerca de dois anos. O presidente da seccional potiguar da OAB, Paulo Coutinho, confirmou a informação.
Frank não levava bombas (Foto: Betto Jr/CORREIO)
Ele conta, inclusive, que o bacharel também foi protagonista de um tumulto em seu último exame em Natal. “Ele não ameaçou ninguém, mas começou a xingar a OAB. A comissão teve que intervir e começou a acalmá-lo".
"Ele se sentou, mas assim que recebeu a prova começou a gritar novamente. Rasgou a prova, jogou no chão e foi embora. Não teve outro episódio grave. Das outras vezes, a comissão informou que ele chegava e fazia algum comentário, mas se continha”, afirmou Coutinho, por telefone, ao CORREIO.
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Após quatro horas de negociação no local e três horas de depoimento no Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Frank foi enquadrado no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais. Ele pode ficar de 15 dias a seis meses na prisão, ou pagar multa. Enquanto não é julgado, Frank responde em liberdade.
Ao sair do Draco, Frank afirmou ter feito o exame da ordem por 18 vezes. "Positivo. Eu tentei 18 vezes, mas não consegui por causa do caixa 2 da OAB", afirmou ao ser questionado se o motivo do ato foi ter sido reprovado várias vezes.