A Indonésia executou nesta quinta-feira (28), já madrugada de sexta pela hora local, quatro condenados por narcotráfico. Segundo a AFP, foram mortos um indonésio e três nigerianos. Na prisão onde ocorreram as execuções por fuzilamento havia 14 condenados à pena capital.

O governo local rejeitou os apelos da ONU e da UE para renunciar à execução. Ainda não foi divulgado o motivo de os outros dez não terem sido executados. Os 14 condenados, entre eles nigerianos, zimbabuanos, paquistaneses, indianos e indonésios, estavam em regime de isolamento em Nusakambangan (sul), "a Alcatraz da Indonésia", uma prisão localizada em uma pequena ilha da região de Java. As execuções ocorrem geralmente depois da meia-noite. O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, pediu na quarta-feira que a Indonésia desistisse das execuções. A União Europeia também pediu a Jacarta que acabe com a pena capital, "uma punição cruel e desumana". Mas o porta-voz do ministério indonésio das Relações Exteriores, Arrmanatha Nasir, defendeu na terça-feira as execuções, afirmando que se trata simplesmente de "aplicar as leis" deste país do sudeste da Ásia. Em janeiro do ano passado, o brasileiro Marco Archer foi executado na Indonésia após ser condenado por narcotráfico. Em abril, ocorreu o mesmo com outro brasileiro, Rodrigo Gularte. Suas execuções também aconteceram em Nusakambangan.
(G1)