Na manhã deste sábado (17), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral deixou a carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, e foi novamente levado para o Presídio Pedro Werling de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, onde vai continuar detido.
O desembargador Abel Gomes decidiu, na última sexta-feira (16), que Cabral deveria retornar ao Rio de Janeiro, uma vez que não havia fundamento suficiente para comprovar que o ex-governador tenha recebido regalias no período em que esteve em Bangu.
Alvo da Operação Calicute, deflagrada pela PF e que apura fraudes em licitações do governo fluminense, Cabral foi preso no último dia 17 de novembro, sob a acusaçao de liderar grupo de recebimento de propinas de diversas empreiteiras, incluindo a Andrade Gutierrez e a Odebrecht.
Na última quinta-feira (15), o ex-governador, a mulher dele, Adriana Ancelmo, e outras cinco pessoas foram denunciadas na Operação Lava-Jato, que tramita na Justiça Federal de Curitiba. O Ministério Público Federal (MPF) alega que o grupo pode ter cometido crimes como corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.
Segundo o MPF, o grupo chefiado por Cabral está envolvido no pagamento de vantagens indevidas a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Comperj, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.
