Um dos grandes ídolos do Fluminense na década de 70, Gilson Gênio vive um verdadeiro drama pessoal. Hoje aos 58 anos de idade, o ex-jogador da Máquina Tricolor dos anos 70 descobriu recentemente que terá que lutar contra um câncer colorretal.
Com o início do seu tratamento agendado para a próxima quinta-feira, no INCA (Instituto Nacional do Câncer), Gilson não escondeu a gravidade do problema. nfelizmente já venho sentindo uns probleminhas. De lá para cá piorou mais ainda. Comecei a emagrecer um pouco. Fui fazer um exame e, nesse exame, apontou que eu tenho um câncer no reto baixo. Agora, consegui uma vaga no INCA (Instituto Nacional do Câncer). Depois, vou começar um tratamento. Não posso fazer cirurgia, já que a área é muito baixa. Então se fizesse poderia ter um problema ainda mais sério. Vou começar nesta quinta-feira a quimioterapia e a radioterapia, porque é um tumor muito grande - disse o treinador.
Natural de Nova Itaguaí, no Rio de Janeiro, Gilson Gênio deixou estampada a tristeza pela descoberta da doença, mas, ao mesmo tempo, se agarra a fé. Segundo ele, essa é apenas mais uma batalha encarada por ele ao longo da vida.
- O que acontece, quando eu soube do resultado foi muito ruim. Fiquei muito triste, porque a gente não esperava. Mas creio em um Deus que cura, que está na minha vida hoje. Tenho certeza que Deus vai me fazer ficar bom. Tenho certeza que é uma luta grande, não é uma coisa simples. Mas isso não dá em árvore, só no ser humano. Se hoje não estivesse na igreja, teria recebido isso como uma notícia muito ruim. Mas é um crescimento, mais uma batalha na vida para ser vencida. Já passei tanta coisa difícil, tenho certeza que vou passar por isso também - disse.
O câncer do intestino grosso é uma doença que atinge homens e mulheres. Na sua maioria, ele se desenvolve gradativamente por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desenfreada. Portanto, quanto mais cedo é diagnosticada, maiores as chances de cura da doença.
CarreiraComo jogador profissional, Gilson Gênio iniciou a carreira em 1975, ainda no Fluminense. Pelo Tricolor das Laranjeiras, ele atuou até 1979, onde participou do bicampeonato carioca, conquistado nos anos de 1975 e 1976 - aquele time ficou conhecido como a Máquina Tricolor.
Aliás, Gênio, como foi apelidado carinhosamente pela torcida tricolor no início da carreira, fez questão de agradecer o carinho recebido depois de tornar público seu problema em uma rede social.
- Eu agradeço, porque a gente recebe o carinho. Tive que fazer com que as outras saibam do problema. Eu vou ser curado. Tenho o carinho de um clube, de pessoas que nos gostam. Até hoje tenho o contato de pessoas como o Vanderlei (Luxemburgo), do Artuzinho, pessoas que jogaram comigo. Essa de multidão de pessoas, quase 700 pessoas curtiram o que eu coloquei lá (no Facebook) - finalizou.
Após deixar o Fluminense como jogador, Gilson ainda passou por clubes como Bahia, America, Grêmio (levantou o caneca da Libertadores de 83 pela equipe gaúcha), Bangu (onde foi vice-campeão Brasileiro em 85, perdendo a final para o Coritiba), Cerro Porteño-PAR, Inter de Limeira-SP e Santa Cruz. Encerrou a carreira, mas, ainda assim, manteve-se no futebol. No Flu, ele voltou posteriormente para trabalhar nas categorias de base e chegou até a ser treinador interino do profissional do clube em 2003 e 2009. De lá para cá, Gênio ainda passou por outros diversos times como técnico, casos de America, São Cristovão e Itaúna-MG. Seu último trabalho à frente de uma equipe aconteceu no ano passado, quando ele dirigiu o São Pedro AC, time que disputou a Série C do Campeonato Carioca em 2014.
