Segundo Raquel Pitta, esposa de Funaro, Geddel
usou o telefone do filho menor de idade para fazer contato
O doleiro e operador de propina do PMDB, Lúcio
Funaro, afirma em seu acordo de delação premiada que instruiu sua esposa,
Raquel Pitta, a atender telefonemas de Geddel Vieira Lima (PMDB). As ligações
entre os dois motivaram a primeira prisão do peemdebista baiano,
acusado de tentar obstruir a Justiça.
“Ela tinha medo de ser monitorada ou ele isso poder configurar
obstrução de Justiça e ela falou: ‘Ah, acho que vou parar de atender ele’. Eu
falei: ‘não pare que se não ele vai achar que eu estou fazendo delação’”,
relata. No momento desta orientação, o operador já negociava com a
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os contatos,
segundo Funaro, tinham a intenção de monitorar o seu humor. “Ele queria saber o
que eu estava fazendo”. As declarações contrastam com as dadas por Geddel no
momento da sua primeira prisão. Ao prestar depoimento ao juiz Vallisney de
Souza Oliveira, o ex-ministro disse que fez ligações “sem querer” e que, na
verdade, tentava contatar a médica do seu filho.Agencia Brasil