Em 2016, o Brasil gastou quase R$ 16 bilhões com a reprovação escolar. De acordo os dados mais recentes do Censo Escolar, 3 milhões de alunos da educação básica foram reprovados naquele ano.
Os índices de repetência do país estão entre os mais altos do mundo. Entre os brasileiros de 15 anos, 36% afirmaram ter repetido pelo menos uma vez. Segudo o levantamento feito pelo IDados, a pedido do G1, o custo com a reprovação equivale a cerca de 8% do que foi investido pelo governo federal em educação no ano de 2016.
O país não tem lei para regulamentar a reprovação, o que deixa os municípios e estados livres para definirem os seus modelos.
Os altos índices de reprovação escolar no Brasil também reforçam a desigualdade social, pois atingem principalmente os alunos mais pobres das regiões Norte e Nordeste e não brancos. No mesmo ano, a Bahia reprovou um em cada quatro dos seus estudantes do ensino médio. O índice do estado também se manteve alto para os 3º, 6º e 7º anos do ensino fundamental nos quais 22% dos alunos não foram aprovados.
Para o pesquisador da Fundação Cesgranrio, Ruben Klein, o principal efeito da repetência é a evasão escolar. De acordo com o pesquisador, cerca de 80% dos alunos que abandonaram a escola repetiram pelo menos uma vez.