A emissora e a apresentadora foram condenadas a pagar R$ 2,5 milhões por uso indevido de imagem de garoto de 8 anos no programa "Esquenta".
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| Reprodução: TV Globo |
A apresentadora Regina Casé e a Rede Globo foram condenadas a pagar cerca de R$ 2,5 milhões de indenização à família do garoto Guilherme Silva Miranda, de 8 anos, por danos morais e uso indevido de imagem, após participação no programa “Esquenta”.
Regina abordou Guilherme na brinquedoteca do Hospital Boldrini, em Campinas, sem a presença dos seus pais, para a gravação de uma reportagem. Segundo a sentença publicada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que ainda cabe recurso, as imagens de Guilherme gravadas em 2015, foram exploradas por 12 minutos ininterruptos, o que causou sofrimento dos familiares.
Após a entrevista, diversas pessoas passaram a abordar familiares do garoto, invadindo a privacidade da família e do próprio Guilherme. Ele morreu vítima de um câncer agressivo, após a transmissão do programa. “Houve, então, exploração indevida da imagem do menor, com a finalidade de entreter,” apontou a sentença.
De acordo com a publicação, a Rede Globo deve suspender a veiculação e retirar as imagens do site da emissora. Em seu depoimento, Regina Casé se defendeu e alegou que não é de sua responsabilidade verificar a autorização dos pais no caso da participação de menores.
Segundo ela, ainda que houvesse problema relacionado à liberação, a apresentadora acredita que não houve oposição dos pais, que mantiveram contato com ela depois do programa e ainda participaram da gravação do “Esquenta” no fim de ano, com retrospectiva da história de Guilherme.
A TV Globo informou por meio de nota, que o objetivo do programa foi acolher e confortar o menor e sua família. “Estamos surpresos com essa decisão, já que os pais estavam presentes na gravação, acompanhando o menor, e participaram voluntariamente do programa. A emissora vai recorrer da decisão”, disse.
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