Para ministro, só de se aproximar do presidente eleito, juiz de Curitiba (PR) reforçará ideia de que Lula é um preso político.
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Antonio Cruz/Wilson Dias/Agência Brasil/montagem bahia.ba |
Ainda que Sergio Moro rejeite o convite para ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL), ele já meteu os pés pelas mãos ao 1) sinalizar que considera a proposta e 2) se dispor a viajar para falar com o presidente eleito. A avaliação é de juízes federais, dirigentes de associações de magistrados e ministros do Supremo, informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
De acordo com a publicação, o aceno de Moro pegou colegas do primeiro grau de surpresa e indignou membros de cortes superiores. O simples aceno ao cargo, dizem, deveria forçá-lo a abrir mão de diversos casos.
Colegas do juiz símbolo da Lava Jato temem prejuízos não só a ele, mas a toda a categoria. Eles acreditam que uma eventual composição entre Moro e Bolsonaro vai desencadear questionamentos às decisões do juiz de Curitiba e também de todos os colegas que se projetaram com o combate à corrupção.
Um ministro do Supremo diz que, só de se aproximar de Bolsonaro, Moro vai reforçar a ideia de que Lula é um preso político e alimentar as acusações de que atuou por motivações pessoais e de que deveria ter se declarado suspeito de julgar o ex-presidente.
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