» » » Ramon Menezes quer voltar ao Vitória: 'Minha hora vai chegar'

Ídolo rubro-negro não esconde a vontade de retornar à Toca como treinador e revela convite feito por ex-presidente.
Ramon está com 46 anos e dando os primeiros passos como treinador (Marina Silva/CORREIO)
Ídolo do Vitória, Ramon Menezes não esconde a vontade de voltar à Toca do Leão como treinador. O meia aposentou as chuteiras em 2013 e iniciou a nova função em 2015. Acostumado a jogar por grandes clubes, ele teve as primeiras experiências à beira do campo em agremiações de pequeno porte: Anápolis-GO, Guarani de Divinópolis-MG, Joinville-SC e Tombense-MG. Em Salvador para visitar alguns amigos, Ramon bateu um papo com o CORREIO nesta sexta-feira (30). Aos 46 anos, falou sobre os desafios da nova função, comentou o atual momento do Leão e revelou que já foi convidado a assumir um cargo diretivo no Vitória.
Você passou a maior parte da carreira como jogador em grandes clubes. Como é treinar times de pequeno porte?
Esse começo meu como treinador é uma outra realidade, mas na dificuldade você aprende muito. Nas séries D e C, a ajuda da CBF é pouca e, sem a ajuda de um investidor, é difícil. Isso está sendo um crescimento para a minha carreira, trabalhar com jogadores que naquele momento você tem condição de levar. Eu estou vivendo esse outro lado e está sendo muito bom em termos de crescimento. Eu poderia ter batido na porta do Vitória para ser auxiliar talvez, mas isso aí me tira da zona de conforto. 
Está aberto a treinar clubes do interior da Bahia?
Por que não nesse momento?
E voltar ao Vitória? É um desejo também?
Eu tenho muita convicção que, no momento certo, eu vou voltar. Tenho vontade sim e estou me preparando muito para isso. Me sinto muito preparado para dar essa contribuição, mas tudo no momento certo, minha hora vai chegar.
Você recebeu algum convite para voltar desde que deixou a Toca?
Eu conversei muito com Ricardo (David) no final de 2016, na primeira vez que ele concorreu, tenho um ótimo relacionamento com ele e até esperava que me fosse feito um convite, mas quem me fez um convite de fato foi Ivã de Almeida, mas não foi especificado qual era a função. O pensamento dele na época era me trazer para fazer na base o que Petkovic estava fazendo no profissional e aí envolve uma preparação. Hoje, eu estou preparado para estar ali dentro de campo. Esse contato foi no início de 2017. Gostei muito dele ter me ligado, mas na época não entendi muito bem qual seria aquela função.
Já voltou a ter contato com Ricardo David?
A gente se fala, mas fala mais a respeito do Vitória. Já tem um bom tempo que a gente não se fala. Eu tenho um ótimo relacionamento com todos os presidentes com quem trabalhei. Gosto muito do Paulo Carneiro, acho que é um cara fantástico, extremamente preparado e poderia nesse momento dar a sua contribuição também. Peguei Alexi (Portela Júnior) depois, que é também muito profissional e correto, com quem eu gostei muito de ter trabalhado. Em 2010 faltou um diálogo para que eu seguisse no clube com uma outra função, com um plano de carreira, talvez muito mais da minha parte, de expor naquele momento que eu estava preparado para parar de jogar e seguir no clube, mas a vida é assim. Tenho um ótimo relacionamento com Ricardo David. Eu quero que o Vitória fique bem. Nesse momento, o Vitória está precisando muito de união. Me vejo de portas abertas, um cara que tem uma identificação pela minha carreira, profissionalismo e por tudo que passei no Vitória. Acho que as portas vão estar sempre abertas em algum momento para retornar ao clube.
Como você vê esse rebaixamento do Vitória à Série B?
Encaro com muita tristeza por gostar do clube, por ser também torcedor do Vitória. Fico sempre na torcida para que o Vitória consiga crescer, ter uma sequência na Série A, que consiga entrar numa Série A pelo menos para ganhar uma vaga na Sul-Americana e não como um time que pode a qualquer momento ser rebaixado. Não vejo esse momento como terra arrasada. Acho que o Vitória tem que buscar um grande planejamento para 2019, que não fique apenas na parte teórica, que seja levado para a prática de fato. Já passou por isso, é desagradável, é chato para o torcedor aceitar novamente uma Série B, mas, se tiver um planejamento e a humildade de reconhecer os erros, tem tudo para voltar com força no cenário nacional. O torcedor está ferido, magoado, mas vai comprar essa ideia de colocar novamente o Vitória na Série A.
Tem muita diferença entre ser jogador e treinador. Do que mais você sente falta?
É muito diferente. Eu sou muito realizado com o que eu fiz como atleta, ter jogado em grandes equipes, vestir a camisa da seleção brasileira. Sinto falta de momentos marcantes, como fazer um gol de falta. É completamente diferente. Você passa a ser um gestor de grupo, de pessoas. Como jogador, você é um gestor de si mesmo, apesar de ter que entender que é um conjunto. Tem que ter sensibilidade na hora de falar, de cobrar.
Você tem vontade de virar dirigente?
Até pelo que eu tenho feito, eu me sinto hoje muito preparado para ser treinador, fazer parte de um corpo técnico dentro de campo. Tudo tem uma preparação e, nesse momento, eu estou muito preparado para estar dentro de campo. Minha preparação foi toda feita para isso. correio24horas

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