Condenado por quatro assassinatos, ele foi preso na Bolívia e levado direto para a Itália, seu país de origem.
PF/Divulgação |
Preso
na noite de sábado da Bolívia o ex-ativista Cesare Battisti, condenado por
assassinatos na Itália na década de 1970, desembarcou por volta das 8h40
(horário de Brasília) em Roma. O avião do governo italiano pousou no Aeroporto
de Ciampino, em seguida policiais italianos entraram na aeronave com o
objetivo de conduzi-lo diretamente à prisão.
Tranquilidade
Battisti
foi capturado no sábado (12) nas ruas de Santa Cruz de La Sierra, na
Bolívia, por agentes bolivianos em parceria com italianos. Segundo
um vídeo feito no momento da prisão, o fugitivo usava barba, óculos
de sol, jeans e camiseta azul. Não mostrou resistência, não apresentou
documentos e respondeu a algumas perguntas em português.
Condenado à prisão perpétua
na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas na
década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um
braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades
brasileiras, o italiano é considerado terrorista.
No Brasil desde 2004,
Cesare Battisti foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua
extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, no último dia
de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da
Silva decidiu que o italiano deveria ficar no Brasil – e o ato foi confirmado
pela Suprema Corte.
O presidente Jair
Bolsonaro elogiou a operação e conversou por telefone com o
primeiro-ministro da Itália, que agradeceu a colaboração do governo brasileiro.
Nos últimos dias da gestão Michel Temer, houve a decisão do STF de
extraditar o terrorista. Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20
simulações sobre a possível aparência do italiano.metropoles