Além disso, o relatório cita que Flávio tem operações financeiras
muito semelhantes com as realizadas por Fabrício Queiroz, ex-assessor do
filho do presidente da República. Os dois relatórios têm em comum depósitos e
saques feitos em caixas de autoatendimento dentro da Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro (Alerj), operações feitas em espécie e valores fracionados.
As análises nas operações bancárias de Flávio Bolsonaro foram um
desdobramento do primeiro relatório do Coaf, que indicavam as movimentações
de Fabrício Queiroz.
Fora o pagamento do título bancário, o novo documento do Coaf
encontrou 48 depósitos na conta do então deputado estadual, totalizando R$ 96
mil em cinco datas.
O Coaf não conseguiu identificar os autores dos depósitos e disse que
o fato de serem valores fracionados desperta a suspeita de ocultação da
origem do dinheiro, de acordo com base na circular do Banco Central que trata
de lavagem de dinheiro: “a realização de operações que por habitualidade,
valor e forma configuram artifício para burlar a identificação dos
responsáveis e dos beneficiários finais”, diz a circular.
O MP-RJ suspeita que os funcionários da Alerj devolviam parte dos
salários e solicitou ao Coaf a ampliação do levantamento.
Na quinta-feira (17), Flávio Bolsonaro recorreu ao STF, alegando foro
privilegiado, e conseguiu a suspensão temporária da investigação contra
Queiroz. O filho do presidente da República disse que o Ministério Público do
Rio o investigava de maneira irregular.
|