Em mais uma madrugada de ataques no Ceará, criminosos derrubaram uma
torre de transmissão de energia em Maracanaú, cidade da Grande Fortaleza.
Os bandidos usaram explosivos para derrubar a torre de transmissão,
que acabou tombando. Em nota, a Enel Distribuição Ceará confirmou o ataque e
informou que enviou equipes ao local para inspecionar os danos.
A distribuidora ainda informou que o ataque não resultou em
interrupção no fornecimento de energia para clientes da distribuidora. Na
manhã deste sábado (12), os bandidos provocaram uma explosão em uma
concessionária de automóveis em Fortaleza. O ataque aconteceu por volta das
5h da manhã e não deixou feridos.
Este é o 11º dia seguido de ataques registrado no Ceará. Ao todo,
foram registradas 194 ocorrências provocadas pelos criminosos desde o início
do ano.
A crise na segurança no Ceará começou na noite de 2 de janeiro.
Ataques foram registrados no estado em decorrência de intenção do governo de
não mais separar integrantes de facções nos presídios cearenses.
Até a última quinta-feira (10), o governo havia informado que 277
pessoas haviam sido presas por relação com os atentados no Ceará.
Na manhã deste sábado, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu em
uma rede social que ações como incendiar e explodir bens públicos ou privados
sejam tipificados como terrorismo, citando um projeto de lei do senador
Lasier Martins (PSD-RS).
HISTÓRICO
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança, o Ceará foi, em 2017,
o terceiro estado do país com mais mortes violentas. A taxa foi de 59,1
mortos a cada 100 mil habitantes. À frente do estado estiveram apenas Rio
Grande do Norte (68) e Acre (63,9).
Em 2018, segundo dados divulgados pelo estado, houve queda de 10,5% na
taxa de homicídios entre janeiro e novembro de 2018, comparado com 2017.
Mesmo assim, no ano passado ocorreu a maior chacina da história do
Ceará, com 14 mortos durante uma festa na periferia de Fortaleza, em janeiro,
e a morte de seis reféns após ação policial para evitar assalto a dois bancos
em Milagres, no interior, em dezembro. Com informações da Folhapress.
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