© Marcello Casal jr/Agência Brasil
DANIEL CARVALHOBRASÍLIA, SP (FOLHAPRESS) - O ministro da
Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, reconheceu nesta terça-feira (26) ter
cometido um erro ao pedir
que escolas filmassem crianças cantando o hino nacional, sem autorização dos pais, em uma mensagem que termina com o
slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro, "Brasil acima de tudo.
Deus acima de todos!".
"Percebi o erro. Tirei esta frase, tirei a parte
correspondente a filmar crianças sem autorização dos pais. Se alguma coisa for
publicada, será dentro da lei, com autorização dos pais", disse Vélez após
sair de uma visita de cortesia ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP).
Indagado sobre quando
comunicou o recuo às escolas, disse apenas que "saiu de circulação"
e, cercado por seguranças e assessores, não respondeu a nenhuma das perguntas
feitas por jornalistas que o acompanharam durante o trajeto de alguns metros
entre a presidência do Senado e o plenário da comissão de Educação, onde ele
prestará esclarecimentos a senadores ainda nesta terça.
Nesta segunda-feira (25), o Ministério da Educação enviou a
escolas do país uma carta em que pede para que alunos, professores e
funcionários sejam colocados em fila para cantar o hino nacional em frente à
bandeira do Brasil.
O documento também pede que o
momento seja filmado e enviado ao novo governo. A mensagem é assinada pelo
ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, para quem a medida visa saudar
"o Brasil dos novos tempos".
"Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e
celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa
escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova
geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!", afirma a mensagem.
No email, Vélez Rodríguez
pede que a mensagem seja lida antes da execução do hino –o que faria com que
diretores citassem também o slogan de campanha de Bolsonaro. Com informações da
Folhapress.
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