Apesar dos riscos que envolvem a tradição, os espadeiros defendem a atividade é uma forma de aproximar as pessoas e que faz parte da cultural local.
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| Foto : Reprodução/Facebook |
A tradicional guerra de espadas de Senhor do Bonfim, norte da Bahia, segue suspensa por decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e recomendação do Ministério Público do Estado (MP-BA). É o terceiro ano consecutivo que a prática não será permitida na localidade.
No ano passado, o descumprimento da medida chegou a gerar confronto entre espadeiros e policiais militares na noite de São João. Foi usado spray de pimenta para dispersar os participantes, depois que impediram os bombeiros de apagar a fogueira usada para acender as espadas.
Apesar dos riscos que envolvem a tradição, os espadeiros defendem a atividade é uma forma de aproximar as pessoas e que faz parte da cultural local.
De acordo com o Correio, hoje (11), integrantes da Associação Cultural de Espadeiros de Senhor do Bonfim (Acesb) se reúnem com deputados estaduais e representantes do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador.
Um dos líderes da Associação, George Nascimento, afirmou que o objetivo do encontro é discutir a possibilidade de tornar a guerra de espadas patrimônio cultural do estado. “Esse é um momento de confraternização e de encontrar os amigos, além de ser uma tradição centenária e popular. Há dois anos, a Câmara de Vereadores tornou a atividade patrimônio cultural e imaterial da cidade. Agora, vamos tentar iniciar esse processo também em âmbito estadual, junto com alguns deputados”, afirmou.
No entanto, segundo o MP-BA, fabricar, possuir ou soltar espadas é crime, segundo o Estatuto do Desarmamento. A pena do crime pode chegar a até seis anos de prisão. O Ministério Público também informa que a brincadeira afronta o direito à saúde e segurança pública.
A campanha será trabalhada com mais ênfase nas cidades de Cruz das Almas, Senhor do Bonfim, Santo Antônio de Jesus, Sapeaçu, Muritiba, Cachoeira, Nazaré das Farinhas, Muniz Ferreira, São Felipe, São Félix, Castro Alves e Campo Formoso.
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