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Suspeita de membros do MP-RJ é que os acusados pelo duplo homicídio tenham instalado um rastreador no carro do motorista.
O motorista Anderson Gomes, morto a tiros no atentado que também vitimou
a vereadora Marielle Franco em 14 de março de 2018, teve seus passos
monitorados desde janeiro daquele ano, ou seja, por pelo menos dois meses antes
do atentado. A informação foi confirmada ao portal UOL por fontes ligadas à
investigação do duplo homicídio.
O monitoramento da rotina de Anderson começou quando ele só trabalhava
um dia por semana como motorista de Marielle. No mês seguinte, ele se tornou
motorista diário da vereadora assassinada somente no mês seguinte, após um
acidente do motorista titular de Marielle.
A investigação aponta que os suspeitos do duplo homicídio, o policial
militar Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, sabiam de rotas de Anderson,
inclusive de trajetos próximos à sua residência, na zona norte do Rio, e outros
usados para fins particulares.
Membros do Ministério
Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) chegaram a cogitar que os suspeitos tivessem
instalado um aparelho de rastreamento de rotas no carro de Anderson, mas a
solicitação para uma segunda perícia no carro a fim de se verificar se havia
este dispositivo só foi feita cerca de um ano após o crime, quando o veículo já
tinha sido destinado para um leilão em São Paulo. Por esta razão, a perícia não
foi realizada. |