» » MP denuncia travesti que participou da chacina de motoristas

Crédito da Foto: divulgação/SSP
O homem suspeito de participar da chacina de motoristas de aplicativos, Benjamim Franco da Silva Santos, conhecido como "Amanda" ou 'Franklin", foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia nesta terça-feira (21/1). O jovem será julgado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe (banal), meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, além de roubo qualificado, associação criminosa.
De acordo com a denúncia, Benjamim é integrante da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM). Ele e um adolescente de 17 anos teriam atraído cinco motoristas dos aplicativos "Uber" e "99" para um barraco na comunidade Paz e Vida, no Jardim Santo Inácio, entre os dias 12 e 13 de dezembro de 2019. As investigações apontam que Benjamim, inclusive, estava travestido de mulher. 
Uma das vítimas conseguiu escapar por meio de um matagal. Os corpos foram encontrados em sacos plásticos ao lado de um veículo. Morreram na chacina Alisson Silva Damasceno dos Santos, de 27 anos, Daniel Santos da Silva, 30, Sávio da Silva Dias, 23, e Genivaldo Félix, 48.
O líder da facção, Jeferson Palmeira Soares, vulgo "Jel", acabou sendo morto assim como os demais integrantes do BDM, identificados como Antônio Carlos de Carvalho, vulgo Nonon; e Marcos Moura de Jesus.
O caso está com o promotor de Justiça Davi Gallo. De acordo com ele, a carnificina foi motivada por vingança. "No dia anterior, Jeferson teria efetuado chamada para diversos motoristas com o objetivo de socorrer um parente, mas as corridas não foram aceitas em razão de tratar-se de local violento e inseguro, e a pessoa que seria socorrida veio a óbito", informou. 
O promotor destacou ainda como os criminosos agiam. "Em caráter estável e permanente, fortemente armados, com arma de grosso calibre, com divisão de tarefas preestabelecidas, visando a prática dos mais variados crimes, com emprego de grande violência contra pessoas, patrimônio e tráfico".
Benjamin, que foi apresentado à imprensa no dia 27 de dezembro, permanece custodiado na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o MP solicitou o decreto de prisão preventiva. O homem alegou que foi obrigado a participar do crime. "Eu bati em um porque fui obrigado. Pra não apanhar eu tive que bater. Quando começou a matar eu não tava nem lá", declarou o suspeito durante entrevista.

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