» » Filha de Queiroz interrompeu repasses logo após suposto vazamento feito pela PF

Segundo o jornal, extratos bancários indicam que gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara abasteceu "rachadinha'"por meio de Nathália Queiroz.
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram
A personal trainer Nathália Queiroz interrompeu os repasses mensais que fazia ao pai, o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, logo após o suposto vazamento de informações ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) sobre investigações que envolviam seu então gabinete na Assembleia Legislativa do Rio. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (13).
À época do suposto vazamento pela Polícia Federal, Queiroz atuava como uma espécie de chefe de gabinete de Flávio na Assembleia, enquanto Nathália recebia salários do então deputado federal Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
Segundo a reportagem da Folha, extratos bancários indicam que Nathália devolvia parte de seu salário para abastecer o suposto esquema de “rachadinha” operado pelo pai.
A última transferência feita por Nathália a Queiroz ocorreu em 21 de setembro de 2018, de acordo com dados da quebra de sigilo bancário autorizada pela Justiça. Após essa data, ela recebeu vencimentos da Câmara dos Deputados em outubro e novembro, mas não os repassou ao pai como fazia havia 12 anos.
Ainda de acordo coma  reportagem, o fim das transferências da filha para o pai ocorreu justamente após a data do suposto vazamento de informações da Polícia Federal sobre investigações em torno do então gabinete de Flávio na Assembleia.
Segundo a Promotoria, Queiroz, amigo de Jair Bolsonaro já 30 anos, atuava no gabinete de Flávio como operador de um esquema de “rachadinha”, prática que consiste na devolução de salário de assessores ao parlamentar.
Em recente entrevista à Folha, o empresário Paulo Marinho disse que, segundo ouviu do próprio filho do presidente, um delegado da PF antecipou a Flávio em outubro de 2018 que a Operação Furna da Onça, então sigilosa, seria realizada. Marinho é ex-aliado e suplente de Flávio no Senado.
Procuradas, as defesas de Queiroz, Nathália e Flávio não se pronunciaram. O senador negou, em ocasiões anteriores, ter recebido informação privilegiada sobre investigação sigilosa. O vazamento está sob investigação da Polícia Federal e Ministério Público Federal.

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