» » Operação prende advogado de “falso Cônsul” citado em delação de desembargadora

Polícia também prendeu outras duas pessoas e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Salvador e Lauro de Freitas.

Foto: Divulgação/Valtério Pacheco

O Grupo de Apoio Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Salvador e Lauro de Freitas na manhã desta quinta-feira (10). Segudno o Ministério Público da Bahia (MP-BA), três pessoas foram presas durante a operação “ Inventário”.

bahia.ba apurou que um dos alvos da operação é o advogado João Carlos Santos Novaes, que atua na defesa de Adailton Maturino, citado como “falso Cônsul” de Guiné Bissau, na delação premiada da desembargdora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Sandra Inês Moraes Ruscolelli Azevedo e seu filho, o advogado Vasco Rusciolelli Azevedo.

Dois dos outros alvos da operação desta terça são Marco Aurélio Fortuna Doria e o servidor do TJ, Carlos Alberto Nogueira. A Operação Faroeste investiga um suposto tráfico de influência no TJ-BA.

A Operação Inventário é fruto de Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que investiga fraudes identificadas no bojo de processos judiciais em trâmite no âmbito da 11ª Vara de Família, Sucessões, Órfãos, Interditos, Ausentes da Comarca de Salvador/BA, supostamente praticadas por organização criminosa composta por advogados, serventuário e particular responsável por falsificação de documentos.

Ainda conforme o MP, a operação objetivou-se apurar indícios veementes da prática de crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, estelionato, fraude processual, uso de documento falso e alteração de dados no sistema.

Com base nos indícios apontados, foram deferidos pela Vara dos feitos relativos a delitos praticados por Organização Criminosa da Comarca de Salvador (VCRIM) os pedidos do Ministério Público Estadual de 03 prisões preventivas, além de 11 buscas e apreensões em endereços residenciais dos investigados e escritórios de advocacia.

A Operação Inventário, do Gaeco, contou com o apoio operacional da Polícia Civil, por meio do DRACO e do DEPOM, e da Polícia Federal, por meio da Superintendência Regional na Bahia. O MP informou ainda que não haverá concessão de coletiva de imprensa ou entrevistas sobre o caso, em razão do disposto no art. 38 da Lei 13.869/2019 (Lei do Abuso de Autoridade).


«
Anterior
Postagem mais recente
»
Anterior
Postagem mais antiga