» » Caminhoneiros mantêm paralisação e greve se inicia na segunda (1º)


A paralisação dos caminhoneiros autônomos foi confirmada e, apesar dos apelos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), se iniciará a partir desta segunda-feira (1º), como confirmou ao Broadcast o presidente do Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (CNTRC), Plínio Dias. As informações são do portal Uol.

Plínio ainda acrescentou que não há previsão de término da greve. Além disso, 22 Estados participam do conselho. 

Dias afirma também que a redução ou zeragem do PIS/Cofins sobre o diesel, cogitada pelo governo, não seria suficiente para terminar com a greve, já que o principal problema é a política de paridade ao preço internacional adotada pela Petrobras.

“Quem teria a culpa de desabastecimento do País se o movimento se prolongar por 3, 4, 5 dias, como foi na época do presidente Michel Temer, quando durou 11 dias, não são os caminhoneiros, é quem é responsável pela pasta. Se o presidente chamar para conversar no primeiro dia e resolver, todo mundo volta a trabalhar no dia seguinte. Até agora não teve diálogo com Conselho Nacional ou com a categoria.”

No sábado (30), Bolsonaro apelou para que a categoria não entrasse em greve e disse que “o Brasil todo” perderia se isso acontecesse. Questionado sobre o apelo do presidente, Dias afirmou que entende que o presidente não pode incitar greves, mas reclamou que “não chegou nada para categoria de autônomos” nos primeiros dois anos de governo.

“Não podemos deixar passar este ano, o ano que vem é de eleição, senão os caminhoneiros vão continuar no submundo”, disse.

Uma liminar concedida pela Justiça Federal do Rio proíbe caminhoneiros em greve de bloquear, mesmo que parcialmente, a rodovia BR-101, que margeia o litoral do país, portanto, a categoria não irá bloquear as estradas, e as faixas ficarão livres. 

“Vamos fazer a manifestação dentro da lei. Temos o direito de conscientizar a categoria. Somos um país democrático e está na Constituição o direito de fazer manifestação livre”, afirmou.

Além do fim da política de paridade ao preço internacional dos combustíveis, a pauta de reivindicações da categoria tem outros nove pontos, mas um dos temas mais urgentes, segundo Dias, é a modificação da redação do projeto 4199/2020, o BR do Mar, que, segundo o dirigente, dá vantagem para empresas estrangeiras no transporte de cabotagem, o que favorecia a contratação de empresas frotistas para fazer o frete em detrimento de caminhoneiros autônomos. 

“Os caminhoneiros estão preocupados em perder emprego”, diz ele, argumentando que não foi avaliado o impacto social do projeto e nem as condições da categoria nos portos do País, que fica “ao relento”.

A categoria também põe em pauta a aposentadoria especial para os caminhoneiros autônomos, o cumprimento do piso mínimo do frete, estabelecido em 2018 após a paralisação de 11 dias, respeito à jornada de trabalho e maior fiscalização da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), entre outras reivindicações.

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