» » MPF requer a manutenção das prisões preventivas de desembargadoras do TJ – BA

 A Operação Faroeste apura a venda de sentenças para legalização de terras no Oeste da Bahia.

Foto: Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a manutenção da prisão preventiva das desembargadoras Ilona Reis e Lígia Cunha, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). Ambas são investigadas no âmbito da Operação Faroeste.

O MPF apontou no pedido enviado na segunda-feira (23) a existência de atos contemporâneos que legitimam a prisão das magistradas. De acordo com o orgão, mesmo após a deflagração da Operação Faroeste, as desembargadoras “continuaram sua escalada criminosa, supondo desfrutarem de imunidade penal. O Ministério Público Federal entende que a manutenção das prisões preventivas é imprescindível para garantia da ordem pública, normal colheita de provas e aplicação da lei penal”.

No cumprimento das medidas cautelares em endereços vinculados à Ilona Reis, foram encontrados documentos que revelam uma variedade de depósitos em espécie e fracionados que podem indicar possível mecanismo de lavagem de ativos. Além disso, no computador da magistrada foram encontrados arquivos com peças processuais de Marcelo Junqueira, apontado como operador do esquema criminoso.

Já sobre Lígia Cunha, o MPF afirma no documento que foram encontrados diversos relacionados à Operação Faroeste, como anotações e valores associados aos seus filhos e operadores Rui Barata e Arthur Barata.Segundo relatado em colaboração premiada, “Lígia Cunha permaneceu tentando alterar a realidade probatória ao seu redor, ordenando que seus assessores mudassem posicionamentos em processos”.

Diante dos fatos, o MPF reitera a existência de provas que evidenciam o envolvimento das investigadas na prática habitual e profissional de crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro. “Em outras palavras, constata-se, no caso concreto, indícios de reiteração delitiva em um contexto de corrupção sistêmica, o que coloca em risco a ordem pública”.

A Operação Faroeste apura a venda de sentenças para legalização de terras no Oeste da Bahia.

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