» » DHPP investiga morte de idoso que caiu em encosta que passa por obras da Conder

Filha da vítima presta depoimento nesta quinta-feira (27). Ela está inconformada com a morte e espera que culpados sejam responsabilizados.

Foto: Álbum de família
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando a morte do feirante João Batista Ferreira, 67 anos, que caiu em uma encosta na Rua Barão da Vila da Barra, ligação entre os bairros da Liberdade e da Calçada, na noite de segunda-feira (24). O local passa por uma obra de contenção executada pela empresa Metro Engenharia, contratada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).

O idoso tropeçou depois de sua sandália prender em uma tábua de uma ponte improvisada, construída próximo à sua casa, e caiu de uma altura de cerca de 15 metros. Cátia de Souza Ferreira, 41 anos, filha de seu João, vai prestar depoimento no DHPP nesta quinta-feira (27). Ao Metro1, ela disse estar inconformada com o maneira da morte do pai e espera que a investigação encontre responsáveis pelo o que aconteceu. “Alguém tem que ser responsabilizado. Meu pai não era nenhum cachorro, para cair, morrer  e ninguém dar uma satisfação”, declara.

Cátia lembra que foi na casa do pai há 20 dias e havia umas tábuas de proteção, mas ao chegar ao local no dia seguinte à morte, não viu mais essas tábuas. “Assim como foi meu pai, poderia ser eu, uma criança. Isso é inaceitável”, afirma. Cátia ainda reclama a ausência de um contato por parte da Conder ou da empresa que está executando a obra. “Eram para entrar em comunicação comigo para dar os pêsames, pelo menos. Meu pai morreu na segunda e só vieram me ligar hoje (26) 11h, depois que eu já tinha enterrado meu pai.

O corpo de seu João foi sepultado às 10h da manhã desta quarta-feira (26) no Cemitério Municipal de Pirajá. Além de Cátia, ele deixou mais dois filhos, um de 38 e outro de 32 anos.

Investigação - Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que testemunhas do acidente já estão sendo ouvidas, que guias de perícia no local foram solicitadas e que aguarda os laudos periciais para ajudar a esclarecer o caso.

Procurada pelo Metro1, a empresa Metro Engenharia disse que não iria se pronunciar sobre o caso.

A Conder diz que se colocou à disposição de Cátia para prestar todo o apoio e conversou com ela por telefone na tarde desta quarta-feira. O serviço social do ŕogão vai marcar um encontro com ela. A Conder também informou que já notificou a Metro Engenharia para restaurar a proteção onde os serviços de construção estão ocorrendo. A empresa, por sua vez, se queixa de constantes furtos de material de proteção, como guarda-corpos, para proteção de quem trafega pelo local. A nota diz ainda que "lamenta o incidente que causou a morte do morador".

Foto:.Metro1

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