A comunidade escolar é um ambiente diverso e, para ampliar as ações pautadas nessas questões, a Prefeitura de Camaçari, através da Secretaria de Educação (Seduc), conta com a Coordenadoria de Inclusão Educacional. A estrutura foi fortalecida e tem quatro Grupos de Trabalho (GT): educação especial, educação do campo, educação quilombola e educação antirracista.
Os GT’s compõem o grupo denominado “supervisão de inclusão” com professores especializados em cada área, que ajudam a pensar e desenvolver os trabalhos pedagógicos e de relacionamento com as famílias, por exemplo. Dentre as ações desenvolvidas estão o planejamento e execução de ações como socialização de experiências, formação para gestores e encontros voltados à elaboração de diretrizes para realização de projetos pedagógicos.
A secretária de Educação, Neurilene Martins, falou sobre o fortalecimento do setor da pasta. “Diversidade e inclusão são princípios educativos. Mais do que nunca é preciso garantir que os estudantes dos territórios rurais e quilombolas, da educação especial e a antirracista possam ter ampliadas as necessidades pedagógicas. Nesse sentido, essa é uma coordenadoria que faz a gestão dessas ações educativas, e estamos nos preparando para o retorno às aulas na perspectiva desse currículo inclusivo, para acolher todos os nossos estudantes”, finalizou a gestora.
Dentre as competências da coordenadoria estão: elaborar e coordenar a política de educação especial, na perspectiva da educação inclusiva e a política municipal para a educação ambiental, quilombola, indígena, e para as relações étnico-raciais de acordo com as diretrizes do Ministério da Educação (MEC); propor o estabelecimento de convênios com instituições governamentais e não governamentais, educacionais e de saúde, visando a ampliação qualificada no atendimento educacional especializado na rede pública municipal de ensino.
Como metas, a coordenadoria propõe fortalecer o atendimento da educação especial e as escolas especializadas dentro da rede municipal de ensino, potencializar as ações que já vinham sendo desenvolvidas, além de criar novas iniciativas a partir das experiências, e ainda iniciar um trabalho voltado para mobilizar a rede como um todo, para que possa aderir às propostas que estão sendo desenhadas nos Planos de Trabalhos dos GT’s.
No que diz respeito à educação do campo e quilombola, o trabalho será através da valorização de aspectos culturais, respeitando as questões e dando visibilidade a tradição e cultura, de modo a fortalecer esses grupos. A busca será em fortalecer as ações já desenvolvidas pelas escolas e potencializar a participação das famílias e da comunidade em geral onde as unidades escolares estão localizadas.
Uma das ações consideradas indispensáveis para contribuir na adoção de atividades que estejam em consonância com as realidades dos alunos e suas famílias, no momento atual, será a realização do diagnóstico das comunidades que estão no entorno das escolas. Dentre os dados que serão levantados então os aspectos que permitam desenhar o perfil e o sentimento de pertencimento dos habitantes aos territórios denominados quilombolas e do campo. Dessa forma, o grupo acredita que o trabalho para fortalecer essas comunidades, através da escola, será mais efetivo e irá gerar resultados satisfatórios, principalmente para os alunos.
Já na educação antirracista o objetivo é atuar para construir a cultura antirracista a partir da escola. “A maioria de nossos alunos é negra, o que queremos que eles olhem para determinados espaços e se enxerguem. É enfrentar a questão do racismo, deixando de encará-lo encoberto por uma cortina de fumaça, pretendemos problematizar as manifestações de racismo no ambiente escolar e disseminar uma cultura antirracista a partir de um trabalho pedagógico”, afirmou a coordenadora de Inclusão Educacional, Maria de Fátima Cardoso.
Foto: Josué Silva
Agência de Notícias
Coordenadoria de Jornalismo e Imprensa
Diretoria de Comunicação - Prefeitura de Camaçari
Diretoria de Comunicação - Prefeitura de Camaçari
