Além disso, houve a estreia dos atletas brasileiros na bocha paralímpico, modalidade em que o país tem tradição nos Jogos Paralímpicos e que mais conquistou medalhas na história do megaevento paradesportivo.
Thalita nasceu com glaucoma. Ela tem baixa visão, mas, aos 12 anos, tornou-se totalmente cega. A atleta sempre praticou esportes: natação, karatê e goalball. Começou no atletismo aos 15 em um projeto do CPB. “Fizemos três tiros de 400 m em 24h. Demos o nosso melhor na pista”, disse Thalita ao fim da prova. Esta foi a segunda medalha da potiguar em Jogos Paralímpicos – ela também foi prata nos Jogos Rio 2016 (revezamento 4x100m).
Já a carioca Julyana da Silva conquistou o bronze no lançamento de disco na classe F57, arremessando a 30m49. Na mesma prova, Tuany Siqueira ficou na 11ª posição (21m30).
“Prestei bastante atenção nas outras atletas. De 12 competidoras, eu fui a nona arremessar. Isso para mim foi bom. Pude ver como era a técnica [do arremesso] das outras atletas e saber como deveria atuar. É um sentimento bem confortante. Somos atletas e trabalhamos com meta e objetivo. Agora vou descansar porque depois tem mais [disputa no arremesso de peso]”, avaliou Julyana.
Na final dos 5.000m da classe T54, Vanessa Cristina completou a prova em 11min18s02 e ficou na oitava posição.
Já a catarinense Bruna Alexandre, número 4 do ranking mundial da classe 10, classificou-se para a decisão ao vencer Shiau Wen Tien, do Taipei, por 3 sets a 1 (14/12, 6/11, 12/10 e 11/7). Agora, ela enfrentará na grande decisão a australiana Qian Yang, na próxima segunda-feira, às 6h45 (de Brasília).
“É muito difícil jogar contra ela [Shiau]. Tive momentos difíceis no jogo. Fiquei atrás no placar, mas não deixei de confiar no trabalho. Só tenho a agradecer a todos que me ajudaram a chegar até aqui. Estou sem palavras. Estou muito emocionada”, revelou Bruna logo após a partida.
Na sua primeira luta desta edição, ela venceu a argentina Laura González, por ippon. Depois, também por ippon, ela foi eliminada da disputa pelo ouro por Parvina Samandarova, do Uzbequistão.
Às 5h14, terá a final dos 100m livre da classe S10 masculino, para a qual o pernambucano Phelipe Rodrigues se classificou com 53s44 – 5º melhor tempo das classificatórias.
Às 5h36, será a final dos 150m medley da classe S4 feminino, com a presença da gaúcha Susana Schnarndorf. Nas classificatórias, a nadadora ficou na quinta colocação, com o tempo de 3min06s54.
A final dos 100m peito da classe SB5 masculino está marcada para às 7h10. O também gaúcho Roberto Alcalde avançou com o tempo de 1min35s66 – sexta melhor marca da classificatória.
Para finalizar a sessão do quarto dia será realizada, às 7h47, a final do revezamento misto 4x100m, da classe S14 (deficiência intelectual). O time do Brasil contará com os nadadores Ana Karolina Soares, Debora Carneiro, Felipe Vila Real e Gabriel Bandeira. O time brasileiro se classificou com o sexto tempo (3min52s91). Todas as provas serão transmitidas pela SporTV2.
Na repescagem do Double Skiff Misto PR2, o barco brasileiro formado por Josiane Lima e Michel Pessanha chegou na 3ª colocação. Com este resultado, o Brasil vai para a Final B. Apenas os dois primeiros barcos se classificavam para a Final A.
Na última repescagem do dia em Tóquio, Quatro Com Misto PR3, o Brasil ficou com a 3ª posição e também avançou para a Final B. O barco foi formado pelos atletas Ana Paula Souza, Diana Barcelos, Valdeni Junior, Jairo Klug, além do timoneiro Jucelino Silva.
As provas finais acontecem neste sábado, 28, a partir das 21h30, no horário de Brasília.