» » Quatro medalhas e estreia da bocha marcam a madrugada do sábado, 28, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

                                  

A atleta Thalita Simplício exibe a medalha de prata ao lado do seu guia, Felipe Veloso/ Foto: Wander Roberto /CPB

O quarto dia dos Jogos Paralímpicos de Tóquio começou com quatro medalhas para o Brasil: duas no atletismo, com Thalita Simplício (prata nos 400m da classe T11) e Julyana da Silva (bronze no lançamento de disco na classe F57), uma no tênis de mesa, com Cátia Oliveira (bronze pela classe 2), e outra no judô, com Lúcia Araújo (bronze na categoria até 57kg).

Além disso, houve a estreia dos atletas brasileiros na bocha paralímpico, modalidade em que o país tem tradição nos Jogos Paralímpicos e que mais conquistou medalhas na história do megaevento paradesportivo.

Atletismo
A potiguar Thalita Simplício ficou com a prata nos 400m da classe T11.  A atleta, que foi campeã mundial em Dubai, em 2019, fechou a final com o tempo de 56s80, fazendo o seu melhor tempo na carreira. Ela chegou 55 centésimos atrás da chinesa Cuiqing Liu (56s25), que bateu o recorde paralímpico. A colombiana Angie Pabon completou o pódio ao cruzar a linha de chegada em 57s46.

Thalita nasceu com glaucoma. Ela tem baixa visão, mas, aos 12 anos, tornou-se totalmente cega. A atleta sempre praticou esportes: natação, karatê e goalball. Começou no atletismo aos 15 em um projeto do CPB. “Fizemos três tiros de 400 m em 24h. Demos o nosso melhor na pista”, disse Thalita ao fim da prova. Esta foi a segunda medalha da potiguar em Jogos Paralímpicos – ela também foi prata nos Jogos Rio 2016 (revezamento 4x100m).

Já a carioca Julyana da Silva conquistou o bronze no lançamento de disco na classe F57, arremessando a 30m49. Na mesma prova, Tuany Siqueira ficou na 11ª posição (21m30).

                                                  Foto: Wander Roberto/CPB @wander_imagem

“Prestei bastante atenção nas outras atletas. De 12 competidoras, eu fui a nona arremessar. Isso para mim foi bom. Pude ver como era a técnica [do arremesso] das outras atletas e saber como deveria atuar. É um sentimento bem confortante. Somos atletas e trabalhamos com meta e objetivo. Agora vou descansar porque depois tem mais [disputa no arremesso de peso]”, avaliou Julyana.

Na final dos 5.000m da classe T54, Vanessa Cristina completou a prova em 11min18s02 e ficou na oitava posição.

Confira a programação das finais do atletismo:
07h00 – Cicero Valdiran – Lançamento de dardo F57
07h10 – Edneusa de Jesus Santos – 1500m – T13
09h07 – Fernanda Yara – 400m – T47

Tênis de mesa
Cátia Oliveira ficou com o bronze pela classe 2. No início deste sábado, à 0h20, a paulista foi superada pela sul-coreana Seo Su Yeon, atual campeã mundial e vice-campeã paralímpica, por 3 sets a 1 (11/7, 8/11, 5/11 e 9/11) pelas semifinais da competição e assegurou, de maneira direta, mais uma medalha para o país. “Eu tentei levar este ouro para o Brasil, mas estou muito feliz com o bronze. Em nenhum momento, fiquei com medo de perder. Vim para Tóquio e representei o meu país. Esta medalha é de todos”, disse Cátia.

                                            
       Foto: Wander Roberto/CPB @wander_imagem

Já a catarinense Bruna Alexandre, número 4 do ranking mundial da classe 10, classificou-se para a decisão ao vencer Shiau Wen Tien, do Taipei, por 3 sets a 1 (14/12, 6/11, 12/10 e 11/7). Agora, ela enfrentará na grande decisão a australiana Qian Yang, na próxima segunda-feira, às 6h45 (de Brasília).

“É muito difícil jogar contra ela [Shiau]. Tive momentos difíceis no jogo. Fiquei atrás no placar, mas não deixei de confiar no trabalho. Só tenho a agradecer a todos que me ajudaram a chegar até aqui. Estou sem palavras. Estou muito emocionada”, revelou Bruna logo após a partida.

Judô
Lúcia Araújo conquistou o bronze ao vencer, por ippon, a russa Natalia Ovchinnikova, na categoria até 57 kg.  A paulistana já tinha conquistado duas pratas na carreira: Rio 2016 e Londres 2012.

Na sua primeira luta desta edição, ela venceu a argentina Laura González, por ippon. Depois, também por ippon, ela foi eliminada da disputa pelo ouro por Parvina Samandarova, do Uzbequistão.

Natação
A natação, que já rendeu nove medalhas para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 (dois ouros, duas pratas e cinco bronzes), pode ter brasileiros em mais quatros finais na manhã deste sábado, 28, no Centro Aquático de Tóquio.

Às 5h14, terá a final dos 100m livre da classe S10 masculino, para a qual o pernambucano Phelipe Rodrigues se classificou com 53s44 – 5º melhor tempo das classificatórias.

Às 5h36, será a final dos 150m medley da classe S4 feminino, com a presença da gaúcha Susana Schnarndorf. Nas classificatórias, a nadadora ficou na quinta colocação, com o tempo de 3min06s54.

A final dos 100m peito da classe SB5 masculino está marcada para às 7h10. O também gaúcho Roberto Alcalde avançou com o tempo de 1min35s66 – sexta melhor marca da classificatória.

Para finalizar a sessão do quarto dia será realizada, às 7h47, a final do revezamento misto 4x100m, da classe S14 (deficiência intelectual). O time do Brasil contará com os nadadores Ana Karolina Soares, Debora Carneiro, Felipe Vila Real e Gabriel Bandeira. O time brasileiro se classificou com o sexto tempo (3min52s91). Todas as provas serão transmitidas pela SporTV2.

Primeiras disputas de Tóquio
A bocha e o triatlo estrearam nos Jogos de Tóquio neste terceiro dia de competição.  Confira os resultados dos brasileiros:

Triatlo
O triatlo teve início às 18h30 da noite desta sexta-feira, 27, horário de Brasília. O representante brasileiro foi o atleta de Santa Catarina, Jorge Luis Fonseca. Ele terminou a prova da classe PTS4, para atletas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral andantes, em 1h07min57s., na 7ª posição.

Esgrima em cadeira de rodas
Os quatro esgrimistas que representam o Brasil na capital japonesa estiveram em ação na noite desta sexta-feira, 27, nas disputas do florete. Desta vez, não houve medalhas, mas vale ressaltar que o gaúcho Jovane Guissone já faturou a prata na espada B (para atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio) no segundo dia dos Jogos de Tóquio.

Tiro com arco 
Andrey de Castro foi derrotado pelo sul-africano Philip Coates-Palgrave por 142 a 135.

Remo
No segundo dia de provas do remo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, a remadora Claudia Santos conquistou mais uma vaga para o país nas Finais A. Na prova de repescagem do Single Skiff Feminino PR1 (W1x PR1), a atleta ficou com a 2ª posição e se classificou na busca pela medalha.

Na repescagem do Double Skiff Misto PR2, o barco brasileiro formado por Josiane Lima e Michel Pessanha chegou na 3ª colocação. Com este resultado, o Brasil vai para a Final B. Apenas os dois primeiros barcos se classificavam para a Final A.

Na última repescagem do dia em Tóquio, Quatro Com Misto PR3, o Brasil ficou com a 3ª posição e também avançou para a Final B. O barco foi formado pelos atletas Ana Paula Souza, Diana Barcelos, Valdeni Junior, Jairo Klug, além do timoneiro Jucelino Silva.

As provas finais acontecem neste sábado, 28, a partir das 21h30, no horário de Brasília.

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