Servidor público, Antônio Jorge Souza relatou ao Informe Baiano que ele e a esposa saíram para trabalhar às 6h e como acontecia sempre, deixaram a filha em casa. Porém, “sempre estavam se comunicando com ela”.
“Nesse dia, 19, ela falou com a gente normalmente até 16h mais ou menos. Mas a gente não sabe se nesse horário ela estava na residência ou em outro lugar. Aí quando minha esposa chegou em casa, por volta das 17h30, não encontrou ela, que levou mochilas, malas de viagem, travesseiros e roupas”, disse Jorge.
“Ela levou coisas que ela não mexia, como por exemplo, fósforo. O fogão é elétrico e temos microôndas. Porque ela levou dois pacotes com 10 caixas de fósforos e velas, por exemplo? Parece até que ela fez uma mudança, mas sem levar os móveis. A gente acredita que quem convenceu ela a ir foi uma pessoa mais velha. Nós estamos imaginando isso, mas não temos certeza”, acrescentou.
O pai afirmou ainda que Ana Luisa sempre teve um comportamento exemplar, fora de qualquer suspeita e as notas na escola eram excelentes. “Ela tinha apenas uma amiga, mas com a pandemia e aulas 100% online, acabaram se afastando. Então, a melhor amiga dela era a mãe. Achávamos que ela contava tudo para a mãe”, pontuou.
O desaparecimento está sendo investigado pelo Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) e é considerado um mistério.
“A gente se cercava de cuidados e aconteceu isso. Ela é filha única. A gente não entende. Parece que a gente está em outra dimensão. A mãe dela está em estado de total desespero. O caso dela é cercado de mistérios, ninguém viu ela. Que a gente saiba, ela não tinha namorado. Como disse, a gente deduz que alguém apresentou a ela um ‘paraíso encantado’, pois há um mundo paralelo ao nosso na internet e temos que ter muito cuidado”, concluiu Antônio Jorge.