» » Morte covarde: congolês foi espancado por 15 minutos no Rio de Janeiro

A morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 24 anos, na segunda-feira da semana passada (24/01), causou revolta nas redes sociais devido a brutalidade e covardia. A vítima trabalhava por diárias em um quiosque perto do Posto 8, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

De acordo com a família, o responsável pelo quiosque e pelos pagamentos estava devendo dois dias de pagamento para Moïse que, ao cobrar o dinheiro, teria sido espancado até a morte. O corpo dele foi achado amarrado em uma escada.

Imagens de câmeras de segurança do próprio quiosque e de um condomínio na Avenida Lúcio Costa, por onde dois agressores teriam fugido, estão sendo analisadas pelos investigadores da Delegacia de Homicídios. 

Segundo Yannick Kamanda, primo de Moïse que teve acesso às imagens, houve uma discussão do gerente do quiosque com Moïse. Ainda de acordo com ele, o gerente teria pedido ajuda a outras pessoas, e as agressões começaram: o congolês foi jogado no chão, levou socos, foi espancado com um pedaço de madeira e teve as mãos e pernas amarradas. Uma corda teria sido ainda usada em seu pescoço.

O congolês teria apanhado nas costelas inclusive com um taco de beisebol, até desmaiar. Yannick contou também que as imagens mostram que os agressores foram embora, e o gerente continuou trabalhando normalmente.

Moïse apanhou de cinco homens por 15 minutos. Pelo menos oito pessoas já foram ouvidas pelos policiais que investigam o caso. Um dos acusados se entregou.

Moïse veio para o Brasil em 2014 com a mãe e os irmãos, como refugiado político, para fugir da guerra e da fome. Os parentes souberam da morte apenas na terça-feira (23), após 12 horas do crime.

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