» » Quase 3,5 mil pessoas morreram por AVC na Bahia; veja os sintomas

Ao longo da última década (2010-2020), houve mais de 1 milhão de vítimas fatais no país.

Foto: Romildo de Jesus

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, a cada hora, 11 brasileiros morrem em decorrência de um AVC. Em 2020, último ano em que há dados disponíveis, morreram no país quase 100 mil pessoas. A doença que vitimou o jornalista e escritor Arnaldo Jabor na última terça-feira (15) ocupa o segundo lugar no ranking de enfermidades que mais causam óbitos no Brasil. Perde apenas para as mortes decorrentes de problemas cardiovasculares. Na Bahia, entre 2021 até janeiro de 2022 morreram 3.452 pessoas pela doença.

Ao longo da última década (2010-2020), houve mais de 1 milhão de vítimas fatais no país. Cerca de 60% dos casos afetaram pessoas com menos de 80 anos. Dentre as regiões, neste período, se destacam o Sudeste, com 432.179 óbitos, e o Nordeste, com 284.050.

O AVC também pode deixar o paciente com sequelas graves, como perda da fala e da capacidade de engolir, além da perda dos movimentos de um ou mais membros.

“Durante esse período de pandemia muitos sinais de AVC foram negligenciados. Por um lado, o medo de contágio afastou as pessoas dos hospitais e consultórios. Além disso, ficaram comprometidas a prática de atividades físicas e a adoção de hábitos saudáveis que, se forem abandonados, podem contribuir para o aumento do risco de doenças”, lamentou Julio Peclat, presidente da SBACV.

Julio Peclat, também alerta que é “essencial que o paciente faça visitas regulares ao médico, discutindo sinais e sintomas, pesquisando por fatores de risco e que realize exames direcionados para a sua idade, história familiar e comorbidades associadas”, destaca. Na sua avaliação, isso permite a identificação precoce de quadros de risco e a introdução de medidas para reduzir as chances de que o problema ocorra de fato.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, tipo mais frequente que representa 80% dos casos e é caracterizado pelo entupimento das artérias por um coágulo ou por placas de ateroma; e o hemorrágico, quando um vaso intracraniano rompe.

O cardiologista Luiz Eduardo Ritt, alerta para os sinais do AVC, “temos a confusão mental, formigamento, fraqueza ou diminuição da força de um lado do corpo, dor de cabeça intensa, desmaio, perda de visão em um dos olhos ou alterações da fala. Estamos falando da segunda principal causa de morte no Brasil, por isso, é importante estar atento”, observa.

O AVC também é uma das principais causas de incapacidade funcional no país e no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O paciente atingido pelo AVC pode ficar com sequelas como dificuldade para se locomover, falar, sofrer paralisia em um dos lados do corpo e perda de algumas funções neurológicas, entre outras.Fonte:Tribuna da Bahia


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