Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
A feirante Cássia Mascarenhas vende frutas e informou ao Acorda Cidade que compra a unidade do melão por 15 reais, a caixa da uva custa R$ 170 e a caixa de mamão sai por R$ 85. “Os clientes procuram, mas quando veem os preços altos não querem. A gente explica que os preços subiram e a gente precisa repassar”, declarou.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
A vendedora Maria Paulina Alves comercializa tempero verde. Ela disse que o preço de tudo aumentou e que as variações climáticas contribuíram para esse aumento.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
“Teve muita chuva, mas logo depois vinha o sol muito quente, aí prejudica as hortaliças e, quando vem, são de fora. Chegam muito caras, e a gente tem que repassar o preço. Não tem nada a ver com a guerra, é a chuva. A alface a gente comprava por 2 reais e agora subiu para 3, o coentro a gente comprava por 5 reais e agora custa 20 reais, o grande. Um saco de coentro a gente comprava de 50 reais e foi pra 100. A couve a gente comprava de um fornecedor por 1 real e agora está de 2 reais, a hortelã a gente comprava por 12 reais e foi pra cinco, a cebola de 5 reais foi pra sete. Subiu tudo. Se não repassar para o cliente, a gente não paga o fornecedor”, explicou.
De acordo com o economista René Becker, diversos fatores podem estar contribuindo para a elevação dos preços dos legumes e hortaliças na região.
“Com relação ao valor dos legumes, verduras, podemos afirmar que alguns fatores contribuem para o aumento e essas variações. Existem fatores que exercem influência direta sobre os seus preços, como frustrações de safras, aumento do custo com o transporte e com insumos, situações que fazem com que o custo de produção se eleve”, avaliou.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Conforme Becker, a inflação no Brasil está em 10% ao ano, e a elevação dos preços gera reflexos para a economia, uma vez que os consumidores, principalmente os de baixa renda, reduzem o consumo desses alimentos.
Foto: Maylla Nunes/ Acorda Cidade
“Podemos afirmar que legumes são bens sensíveis e que, às vezes, não têm substitutos. No momento, também estamos com a inflação em torno de 10% ao ano. E quando os fatores de safra voltam à normalidade, os preços também tendem a se ajustar. Esses preços elevados têm reflexo na economia, porque o consumidor de baixa renda reduz o seu consumo. Os preços são influenciados pela procura e a oferta, bem como o poder de compra e a elevação dos custos da produção. Com relação ao preço das carnes, também teve uma elevação grande e houve diminuição da criação de animais. Por outro lado, cresceram as exportações, que remuneram com preços superiores ao mercado interno”, informou.
Fotos: Paulo José/ Acorda Cidade
Com informações do repórter Paulo José e da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade.
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