» » » » Campanha de Bolsonaro procurou hacker que vazou diálogos da Lava Jato para saber sobre segurança das urnas eletrônicas, diz advogado

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A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, se encontrou com o hacker Walter Delgatti para saber a opinião dele sobre a segurança das urnas eletrônicas, disse nesta quarta-feira (10) o advogado Ariovaldo Moreira, que defende Delgatti.

O hacker foi o responsável pela "vaza jato", que acessou contas do aplicativo de mensagens Telegram usadas por autoridades. Ele chegou a ser preso em 2019 e está em liberdade.

Entre as pessoas com quem Delgatti esteve está Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, ainda segundo o advogado. O encontro foi na terça-feira (9).

Aliada de Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) diz também ter se encontrado com o hacker da "vaza jato.

Uma fonte contou, inclusive, que Zambeli levou Delgatti para um encontro com Bolsonaro nesta quarta. Zambelli e a assessoria de Bolsonaro negam.

Procurada, Zambeli disse: “Nego (sobre encontro com Bolsonaro), mas confirmo que estive com ele (Delgatti)”.



Prisão e liberação


Walter Delgatti foi preso em julho de 2019, durante a Operação Spoofing, que desarticulou uma "organização criminosa que praticava crimes cibernéticos", segundo a Polícia Federal. As investigações apontaram que o grupo acessou contas do aplicativo de mensagens Telegram usadas por autoridades.

Ele invadiu o celular do então juiz Sergio Moro, que depois virou ministro da Justiça do governo Bolsonaro e atualmente é candidato ao Senado pelo Paraná.

À época, Walter Delgatti Neto, admitiu à PF que entrou nas contas de procuradores da Lava Jato e confirmou que repassou mensagens ao site The Intercept Brasil. Ele disse não ter alterado o conteúdo e não ter recebido dinheiro por isso. Parte das mensagens foi publicada no site, a partir de junho de 2019.

O juiz federal Vallisney de Oliveira, que autorizou as prisões, viu indícios de que os hackers se uniram para invasão das contas do Telegram.

Investigadores disseram que os hackers tiveram acesso ao código enviado pelos servidores do aplicativo Telegram ao celular das vítimas para abrir a versão do aplicativo no navegador.

Ele obteve direito a aguardar o julgamento em liberdade.

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