O reajuste de salário dos agentes comunitários de saúde quase levou vereadores "as vias de fato" na tarde desta terça-feira (9/8). A Câmara Municipal de Salvador (CMS) derrubou o veto do prefeito Bruno Reis (UB) que anulava o aumento, fazendo com que um dos governistas se exaltasse.
Tudo começou após o presidente da CMS, Geraldo Júnior (MDB), abrir a sessão com os 22 membros do local, número suficiente para colocar em pauta a derrubada do veto. Paulo Magalhães Júnior (UB), líder do Governo, tentou partir para cima de Geraldo Júnior, mas acabou sendo contido pelos colegas. Os policiais militares que ficam à serviço da presidência da Câmara foram acionados para acalmar a situação.
Diante do clima tenso, Geraldo Júnior encerrou a sessão. Em discurso após a sessão para mais de mil agentes que ocuparam a Praça Thomé de Souza, ele agradeceu os vereadores que votaram pela derrubada do veto do prefeito. "“Nós derrubamos o veto em prol de milhares de famílias de trabalhadores soteropolitanos", disse.
Já os vereadores de oposição ao presidente divulgaram uma nota em que acusam a votação do veto como irregular. Segundo eles, "o Parágrafo Único do Art. 202 do Regimento Interno é claro: para derrubar o Veto tem que conseguir 'maioria absoluta de votos contrários da totalidade dos componentes da Câmara', ou seja, é preciso 22 votos contrários e não ter 22 em plenário. Neste caso específico, o presidente, que não vota, teria que ter 22 votos contrários", defendem.
Com a derrubada do veto, o aumento destinado a categoria deve custar cerca de R$ 300 milhões a Prefeitura de Salvador. Creditos da foto:leitor/Aratu On
