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A Polícia Civil de São Paulo prendeu o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, neste domingo (7), após a Justiça determinar a sua prisão temporária por 30 dias. O PM é suspeito de ter atirado no campeão mundial de jiu-jítsu, Leandro Pereira do Nascimento Lo.
O PM era procurado após fugir da cena do crime, segundo testemunhas. Na tarde deste domingo, ele se apresentou na Corregedoria da PM, conforme informou ao g1 o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou que o policial se apresentou à Corregedoria e que será levado para prestar depoimento no 17º DP, responsável pela investigação. "Em seguida, será encaminhado ao Presídio Romão Gomes, permanecendo à disposição da Justiça", diz a secretaria em nota.
O pedido de prisão partiu da Polícia Civil e vale por 30 dias, prorrogáveis por mais 30 -- caso haja nova solicitação do delegado responsável. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça confirmou a informação.
O caso
Velozo teria sido a pessoa que atirou na cabeça de Leandro Lo durante uma discussão em casa de show no bairro de Indianópolis, Zona Sul da capital paulista, na noite de sábado (6).
Segundo o advogado do lutador, Leandro teve morte cerebral confirmada. Oficialmente, a Secretaria de Saúde não confirma a informação a pedido da família.
No documento enviado à Justiça, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo define o policial militar como "autor do homicídio.
De acordo com o advogado da família de Lo, Ivan Siqueira Junior, o lutador teve uma discussão com o PM. Para acalmar a situação, Lo imobilizou o homem que, após se afastar, sacou uma arma e atirou uma vez na cabeça do lutador.
O advogado conta que, após o tiro, o agressor ainda deu dois chutes em Leandro no chão e fugiu em seguida. Pouca gente ouviu o barulho do tiro porque o som estava alto em função do show.
Um amigo do lutador que presenciou o crime disse que o autor do tiro estava sozinho e provocou Lo e cinco amigos, que estavam numa mesa.
"Ele chegou, pegou uma garrafa de bebida da nossa mesa. O Lo apenas o imobilizou para acalmar. Ele deu quatro ou cinco passos e atirou", disse a testemunha, que pede para não ser identificada.