» » » » » Absolvidas, filha e neta de Flordelis deixam o presídio

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Marzy Teixeira e Rayane dos Santos foram recebidas na porta de Bangu pelo namorado da pastora. A neta questionou a condenação da avó, que achou exagerada: 'Foram os próprios filhos que a traíram', disse.
Marzy Teixeira e Rayane dos Santos, filha afetiva e neta de Flordelis, respectivamente, deixaram a cadeia por volta das 16h30 desta segunda-feira (14).

Na saída, Rayane reconheceu que as provas do caso são contundentes, mas considerou exagerada a condenação da avó a 50 anos e 28 dias de prisão.

“Deus foi fiel na minha vida, fomos absolvidas, não tem provas. Minha mãe e minha vó continuam, vamos seguir na batalha”, disse. "Foram os próprios filhos que a traíram, foram ingratos, traíram, mas cada um tem livre arbítrio.”
Marzy também disse que achou exagerada a pena da mãe, que nesta segunda se sentiu mal e chegou a ser levada para uma UPA, mas já retornou ao presídio:
“Eu não sei se ela é culpada, acho que não me pediu nada, foi severa demais. Ninguém ganha 50 anos com a idade dela. Acredito na justiça, principalmente divina. Eu vou visitá-la, dar força e não vou abandonar”, disse Marzy.
Elas foram recebidas e abraçadas pelo produtor artístico Allan Soares, namorado de Flordelis, estava na porta do Presídio Santo Expedito, em Bangu.

Marzy e Rayane foram absolvidas do assassinato do pastor Anderson do Carmo - crime pelo qual Flordelis foi condenada a mais de 50 anos.

No domingo (13), um terceiro absolvido, André Luiz Oliveira foi solto horas após Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Niterói definir as penas dos envolvidos no crime. Ele é filho afetivo da ex-deputada federal.

André Luiz, que sempre negou a participação no crime, estava detido na Cadeia Pública Patrícia Acioli, em São Gonçalo. Marzy e Rayane estão no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Marzy e André respondiam por homicídio, tentativas de homicídio e associação criminosa armada. Já Rayane era acusada de homicídio e associação criminosa armada.


Ao todo, o julgamento levou sete dias, um dos mais longos da história do estado do Rio de Janeiro, e a última sessão durou quase 24 horas. A pastora recebeu pena de 50 anos e 28 dias de prisão.


Além de Flordelis, foi condenada sua filha biológica Simone dos Santos Rodrigues. Ela recebeu pena de 31 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e associação criminosa armada.

A defesa da ex-deputada vai tentar anular o julgamento.


Aos olhos dos jurados, a mãe zelosa e dedicada é uma assassina cruel. Durante sete dias, a ex-deputada Flordelis chorou, demonstrou sinais de nervosismo. E na hora do veredito, a pedido da defesa, ficou longe das câmeras, numa sala ao lado do tribunal do júri, onde pode ouvir a sentença.


Ela foi condenada em todas as acusações: homicídio triplamente qualificado; tentativa de homicídio duplamente qualificado; associação criminosa armada e uso de documento falso.

Flordelis viveu por mais de 20 anos com o pastor Anderson do Carmo.


A juíza Nearis Carvalho Arce somou as penas, totalizando 50 anos e 28 dias de reclusão. Na sentença, a juíza afirmou que Flordelis “planejou a execução brutal e fria da vítima, com diversos disparos”. Ainda, segundo a juíza, o crime foi uma "vingança vil e abjeta em razão de a vítima manter rigoroso controle das finanças do grupo familiar e administrar os conflitos da casa de forma rígida, não permitindo que houvesse tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a acusada, em detrimento dos outros membros da numerosa família".

“A família do Anderson do Carmo está satisfeita com a condenação da chefe da organização criminosa, pois, sem ela, sem atuação dela, o Anderson do Carmo não teria sido assassinado”, diz Angelo Máximo, advogado assistente de acusação.

O atual namorado de Flordelis foi aos prantos ao ouvir a sentença. O julgamento - que durou uma semana - mexeu com os nervos de uma família imensa que ficou dividida após o assassinato do pastor.


A filha biológica de Flordelis, Simone dos Santos, também foi condenada. Antes de a mãe casar com o pastor, Simone havia sido namorada dele. Os advogados de defesa querem pedir a anulação do .

“São duas nulidades bem claras, que é a utilizjúriação pelo Ministério Público de um documento que não estava no processo, que a defesa não teve acesso. O segundo foi que o assistente de acusação fez menção ao silêncio dos acusados em prejuízo deles, o que tecnicamente é uma nulidade que está prevista no Código do Processo Penal”, diz Rodrigo Faucz, advogado de defesa.

O Ministério Público nega qualquer erro.

O crime em família teve outros dois julgamentos em novembro de 2021 e em abril de 2022. Quatro filhos já foram condenados. Entre eles, estão Flávio dos Santos, que fez os disparos que matou o pastor, e Lucas dos Santos, que comprou a arma.A pastora, cantora gospel, parlamentar cassada que esbravejava nas redes sociais sobre o crime voltou para o presídio onde já estava há mais de um ano.

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