» » » » » » É possível viver bem com o câncer de mama metastático

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Outubro é considerado em diversos países o mês oficial para discutir a conscientização e a prevenção do câncer de mama. Apesar de as ações ligadas ao tema acontecerem no Brasil há pelo menos duas décadas, até hoje, o espaço voltado a pacientes com câncer de mama metastático – aquele que migra da mama para outro local, como ossos, fígado, pulmões e cérebro – é ainda bastante pequeno.

“A sociedade precisa tomar ciência de que o câncer de mama metastático é uma doença comum e tratável, com a qual é possível conviver muito bem”, diz a médica oncologista Marina Sahade, de São Paulo. A especialista cita estatísticas da Sociedade Americana do Câncer, segundo as quais, um em cada 8 paciente que viver até os 75 anos terá câncer de mama (1).

É o caso da catarinense Grasielli Peres, 44 anos, diagnosticada com câncer de mama metastático no pulmão em 2015. “Sou sobrevivente de uma ‘catástrofe’. Mas, para mostrar que há esperança, criei o Minha Vida Superando o Câncer, com um canal no YouTube e também perfis em outras redes sociais, em que mostro que, apesar da doença, ainda tenho metas...Muitas metas para viver!”, diz Grasielli*.

Dentre elas, a catarinense conta que tem como metas conhecer alguns lugares pelo Brasil, ver o filho se formar no Ensino Médio e passar momentos especiais com o marido. “Baseada na evolução da ciência e dos tratamentos para uma doença crônica como a minha, deixei de pensar no quanto posso guardar de dinheiro e mais em como
consigo tempo de qualidade ao lado da minha família”, diz.

Com o propósito de empoderar e apoiar pacientes oncológicos a realizarem suas próprias metas, a companhia farmacêutica Daiichi Sankyo idealizou a campanha Eu Tenho Metas, uma série de vídeos com depoimentos que comprovam que a forma com que as mulheres lidam com a condição que as acompanha permite ganhos em qualidade de vida e tempo para aproveitar o que as fazem feliz.

Tratamento do câncer de mama metastático

Existem várias abordagens para o tratamento do câncer de mama metastático. “A escolha depende muito do momento em que a doença foi diagnosticada e o tipo histológico – o tipo de células que existe nessa doença”, diz a Gabriela Prior, diretora médica da Daiichi Sankyo. Como cada caso é único, o tratamento deve ser adaptado às circunstâncias específicas de cada paciente (2).

A maioria das decisões de tratamento depende para qual local do corpo o câncer migrou, das características da doença e de quaisquer tratamentos que a paciente tenha feito no passado. A intervenção pode diminuir os tumores ou retardar seu crescimento, melhorar os as e ajudar as mulheres a viver mais.

“O objetivo é prolongar a vida o máximo possível, mas, ainda assim, pensando muito na qualidade de vida da pessoa, tendo em mente que o importante é que o tratamento traga mais benefícios que malefícios”, completa Gabriela (2).

Para pacientes com câncer de mama em estágio metastático, as terapias medicamentosas sistêmicas são os principais tratamentos. Eles comumente incluem abordagens como terapia hormonal, quimioterapia, drogas direcionadas, imunoterapia
ou uma combinação delas (2).

Embora os medicamentos sistêmicos sejam o principal tratamento para o câncer de mama metastático, também podem ser usadas técnicas locais e regionais, como cirurgia, radioterapia ou quimioterapia regional. Elas tratam o câncer de mama em uma parte específica do corpo, mas apresentam poucas chances de eliminar todo o tumor. O mais provável é que esses tratamentos ajudem a prevenir ou tratar sintomas ou complicações da doença (2).

A radioterapia e/ou cirurgia também podem ser utilizadas em determinadas situações (3), (4):

Quando o tumor de mama está causando uma ferida aberta ou dolorosa na mama (ou tórax);
Para ajudar a prevenir ou tratar fraturas ósseas;
Para tratar um bloqueio de vasos sanguíneos no fígado;
Para tratar um pequeno número de metástases em uma determinada área, como o cérebro;
Quando um câncer está pressionando a medula espinhal;
Para proporcionar alívio da dor ou outros sintomas em qualquer parte do corpo.

Relação equipe médica-paciente

Estabelecer uma comunicação aberta e clara com a equipe médica que está cuidando da paciente é essencial à medida que o plano de tratamento pode ser desenhado de
acordo com seus sentimentos, suas decisões e suas necessidades.É preciso ouvir atentamente o profissional e, ao mesmo tempo, certificar-se de que ele esteja fazendo o mesmo. “A paciente deve informar quais são suas prioridades e preferências em relação ao tratamento, entender os riscos e benefícios de cada escolha para, então, tomar a melhor decisão em conjunto”, diz a médica oncologista Marina Sahade.


A especialista afirma que é possível atender até a pedidos específicos, como fazer uso de drogas em formato de comprimidos durante uma viagem ou evitar abordagens que

levem à queda de cabelo para participar de um evento especial.


A relação com a equipe médica precisa ser bastante transparente, inclusive, quando o assunto são as fake news. “Diversas informações falsas circulam pela internet, redes sociais e grupos de mensagem. O problema é que, algumas delas, além de não terem embasamento científico, podem até interferir no tratamento ou prejudicar a saúde da paciente, sobrecarregando órgãos como os rins e o fígado”, diz Marina. Por isso, antes de aderir a qualquer tratamento alternativo, é preciso conversar com um médico.


Exercício como parte do tratamento


Pessoas com câncer de mama metastático devem adotar a prática de exercícios físicos em sua rotina – levando em consideração as limitações e preferências de cada indivíduo. “É comprovado cientificamente que o aumento da massa muscular e a melhora na capacidade cardiovascular ajudam na tolerância e também na resposta ao tratamento do câncer", diz Marina Sahade (5).Recomenda-se que pacientes diagnosticadas com câncer pratiquem atividades físicas, que podem melhorar as condições psicólogas e fisiológicas. Motivar as mulheres com câncer de mama a manter um estilo de vida fisicamente ativa é importante para promover saúde positiva após o diagnóstico.


Tais recomendações são seguras e eficazes para pessoas diagnosticadas com doença metastática. Dentre os benefícios que os exercícios trazem a esse grupo de pessoas, estão:


Diminuição na sensação de cansaço;


Menor chance de ter anemia;


Ganho de força;


Redução do risco fratura óssea devido à queda;


Auxílio nas atividades diárias, como fazer compras, caminhar e dirigir;


Diminuição do risco de osteoporose;


Aumento da autoestima;


Menor risco do surgimento de transtornos de ansiedade e depressão;


Melhora na qualidade de sono;


Alívio nos efeitos colaterais do tratamento, como náusea, fadiga e dor.

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