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“O objetivo é prolongar a vida o máximo possível, mas, ainda assim, pensando muito na qualidade de vida da pessoa, tendo em mente que o importante é que o tratamento traga mais benefícios que malefícios”, completa Gabriela (2).
Para pacientes com câncer de mama em estágio metastático, as terapias medicamentosas sistêmicas são os principais tratamentos. Eles comumente incluem abordagens como terapia hormonal, quimioterapia, drogas direcionadas, imunoterapia
ou uma combinação delas (2).
Embora os medicamentos sistêmicos sejam o principal tratamento para o câncer de mama metastático, também podem ser usadas técnicas locais e regionais, como cirurgia, radioterapia ou quimioterapia regional. Elas tratam o câncer de mama em uma parte específica do corpo, mas apresentam poucas chances de eliminar todo o tumor. O mais provável é que esses tratamentos ajudem a prevenir ou tratar sintomas ou complicações da doença (2).
A radioterapia e/ou cirurgia também podem ser utilizadas em determinadas situações (3), (4):
Quando o tumor de mama está causando uma ferida aberta ou dolorosa na mama (ou tórax);
Para ajudar a prevenir ou tratar fraturas ósseas;
Para tratar um bloqueio de vasos sanguíneos no fígado;
Para tratar um pequeno número de metástases em uma determinada área, como o cérebro;
Quando um câncer está pressionando a medula espinhal;
Para proporcionar alívio da dor ou outros sintomas em qualquer parte do corpo.
Relação equipe médica-paciente
Estabelecer uma comunicação aberta e clara com a equipe médica que está cuidando da paciente é essencial à medida que o plano de tratamento pode ser desenhado de
acordo com seus sentimentos, suas decisões e suas necessidades.É preciso ouvir atentamente o profissional e, ao mesmo tempo, certificar-se de que ele esteja fazendo o mesmo. “A paciente deve informar quais são suas prioridades e preferências em relação ao tratamento, entender os riscos e benefícios de cada escolha para, então, tomar a melhor decisão em conjunto”, diz a médica oncologista Marina Sahade.
A especialista afirma que é possível atender até a pedidos específicos, como fazer uso de drogas em formato de comprimidos durante uma viagem ou evitar abordagens que
levem à queda de cabelo para participar de um evento especial.
A relação com a equipe médica precisa ser bastante transparente, inclusive, quando o assunto são as fake news. “Diversas informações falsas circulam pela internet, redes sociais e grupos de mensagem. O problema é que, algumas delas, além de não terem embasamento científico, podem até interferir no tratamento ou prejudicar a saúde da paciente, sobrecarregando órgãos como os rins e o fígado”, diz Marina. Por isso, antes de aderir a qualquer tratamento alternativo, é preciso conversar com um médico.
Exercício como parte do tratamento
Pessoas com câncer de mama metastático devem adotar a prática de exercícios físicos em sua rotina – levando em consideração as limitações e preferências de cada indivíduo. “É comprovado cientificamente que o aumento da massa muscular e a melhora na capacidade cardiovascular ajudam na tolerância e também na resposta ao tratamento do câncer", diz Marina Sahade (5).Recomenda-se que pacientes diagnosticadas com câncer pratiquem atividades físicas, que podem melhorar as condições psicólogas e fisiológicas. Motivar as mulheres com câncer de mama a manter um estilo de vida fisicamente ativa é importante para promover saúde positiva após o diagnóstico.
Tais recomendações são seguras e eficazes para pessoas diagnosticadas com doença metastática. Dentre os benefícios que os exercícios trazem a esse grupo de pessoas, estão:
Diminuição na sensação de cansaço;
Menor chance de ter anemia;
Ganho de força;
Redução do risco fratura óssea devido à queda;
Auxílio nas atividades diárias, como fazer compras, caminhar e dirigir;
Diminuição do risco de osteoporose;
Aumento da autoestima;
Menor risco do surgimento de transtornos de ansiedade e depressão;
Melhora na qualidade de sono;
Alívio nos efeitos colaterais do tratamento, como náusea, fadiga e dor.