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Se depender de Vinícius Júnior, a alegria nos pés irá continuar nos gols do Brasil. Seja nos gols, nas danças com os companheiros do time ou na cena que mais se repete na Copa do Mundo: em jogadas para o time.
Com duas assistências, o atacante participou de todos os gols da seleção na primeira fase e eixou o dele contra a Coreia do Sul, nas oitavas de final. Um protagonismo que passa pela chegada de Carlo Ancelotti ao Real Madrid.
Ancelotti sempre me deu a força que eu preciso, as broncas que eu preciso também. Quando eu precisei ele foi como um pai para mim. Sempre me dá o carinho que eu preciso, a responsabilidade também",
Poucas chances e polêmica com Zidane
Vini fez sua estreia pelo Real Madrid em 28 de setembro de 2018, mas nunca emplacou uma vaga no time titular com o técnico técnico Julen Lopetegui. A falta de chances ao jogador foi um dos motivos que fizeram o clube demitir o treinador e contratar Santiago Solari, no fim de 2018, que deu as primeiras chances no time titular.
Zidane chegou no Real Madrid para fazer uma reformulação total. E comprou uma briga ao deixar Vini de vários jogos importantes, como na Liga dos Campeões. A briga veio mesmo quando o técnico mudou o esquema tático para enfrentar o Chelsea, na Liga dos Campeões de 2020/21. Com três zagueiros, Vini teve que fazer o papel de ala. Ficou longe do gol, sem poder driblar e criar chances. A mudança deu errado, e Zidane pagou com o cargo no fim da temporada.
A virada e novo papel no time com Carlo Ancelotti
De volta ao Real Madrid após oito anos, Ancelotti sempre disse que via em Vini um talento muito nato. Por isso, o queria mais próximo do gol, pronto para driblar e criar jogadas. O treinador montou a formação tática do Real para que Vini pudesse ficar sempre aberto, quase fixo pelo lado. Ele recebia a bola e tinha liberdade para criar e driblar adversários rumo ao gol.
Vini virou protagonista do time. Anotou 22 gols e 20 assistências em 52 jogos pela temporada. E mostrou que era mesmo uma realidade ao fazer o gol do título do Real Madrid na Liga dos Campeões. A jogada começa com uma triangulação iniciada por Casemiro e termina com Vini chegando na área, no mesmo posicionamento da imagem acima.
Tite muda formação do Brasil para encaixar Vini
Com uma temporada de ouro pelo Real Madrid, o jogador passou a ter mais chances, mas ainda não era titular. Causou questionamentos ao ficar de fora de uma convocação no fim do ano passado. Mas o gol na final e grandes jogos fizeram Tite mudar de ideia e encaixar o jogador na formação da Seleção.
Até o meio desse ano, o Brasil jogava com Raphinha mais aberto pela direita e Lucas Paquetá no lado esquerdo. Paquetá fazia a função de falso-ponta, jogando como meia ao lado dos volantes e de Neymar. A entrada de Vini mudava o papel de Paquetá e de Fred, que passaram a ser testados como meias.
A dúvida persistiu até os últimos amistosos, mas Tite decidiu: apostou na formação com dois pontas e Paquetá pelo meio, se sacrificando mais na marcação para que Vini pudesse receber a bola e driblar.
Vini pontuou que a virada foi um processo e ressaltou a importância de Tite e Ancelotti ao longo do tempo:
Acredito que foi um processo normal. A comissão e professor Tite foram me dando argumentos onde eu precisava melhorar para chegar no meu maior nível para ser titular da seleção. A cada vez que eu vinha para a Seleção, eu voltava com algo faltava para eu virar o titular da posição.
Se nenhum imprevisto deve acontecer, Vini entra a campo nessa sexta (09), às 12h, para enfrentar a Croácia no mesmo papel que Ancelotti pensou e Tite encaixou no Brasil. Com a promessa de gols, assistências e jogadas para o Brasil dançar rumo à semifinal da Copa do Mundo.