» » » » » » » » » França e Croácia mostram força no jogo aéreo, e defesa do Brasil dá mais espaços pelo alto

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Um duelo de estratégias. Há seleções que preferem chegar ao gol trabalhando a jogada por baixo em passes rasteiros até a finalização enquanto outras abusam de bolas levantadas na áerea para marcar.

Indenpendente de qual versão funciona melhor, o Espião Estatístico preparou um balanço sobre os arremates a partir de jogadas aéreas na Copa do Mundo. Confira!
Com 68 finalizações até aqui, o Brasil é quem mais conclui a gol no Catar. Porém, apenas 21 tentativas vieram pelo alto (30,88%). Ao lado da Alemanha, a França vem logo abaixo com 65 arremates na competição. A diferença para os brasileiros está na quantidade de bolas pelo alto dos comandados de Didier Deschamps.
A artilharia aérea francesa é inegável. São quatro gols a partir de jogadas aéreas. Além deles, só Coreia do Sul e Inglaterra balançaram as redes quatro vezes assim na competição. Ao todo, a França finalizou 30 das 65 tentativas pelo alto no Catar: 46,15%. Proporcionalmente é quem mais usa a bola aérea entre as oito equipes das quartas de final. Para efeito de comparação, no torneio inteiro, quem mais usou desse artifício foi a Austrália, com 63,64% das conclusões a gol vindas pelo alto.
O maior responsável pelas bolas aéreas da França tem nome e sobrenome: Antoine Griezmann. Homem da bola parada francesa, o atacante é o jogador da Copa do Mundo com mais bolas levantadas na área que viraram finalização: nove. Outros três nomes merecem destaque: Theo Hernández (seis), Mbappé (cinco) e Dembélé (quatro) foram responsáveis por mais 15 jogadas aéreas dos atuais campeões mundiais.
Portanto, anular os responsáveis por quem bota a bola na área é um desafio a ser seguido nos próximos duelos da Copa do Catar. Além, claro, de impedir quem está na área de finalizar. Na França, mesmo sem uma altura avantajada, Mbappé é quem mais conclui as jogadas aéreas do time: seis vezes. Depois dele, Giroud e Rabiot completam a lista, com cinco finalizações aéreas cada.
Próximo adversário do Brasil no Mundial, a Croácia é outra equipe que vem usando bastante a jogada aérea para chegar mais próxima da meta adversária. É a segunda seleção que mais finaliza pelo alto, proporcionalmente, entre os oito que seguem vivas na disputa.
Ivan Perisic é o croata que mais concluiu a gol pelo alto no Mundial do Catar: quatro vezes. Vale destacar que o ataque aéreo dos comandados de Zlatko Dalic é muito bem distribuído. Outros 11 jogadores já concluíram a gol assim na Copa do Mundo de 2022. Apesar de usarem muito o artifício, apenas dois gols (dos cinco) foram aéreos. Um de Kramaric contra o Canadá e outro de Perisic contra o Japão.
O jogador do Tottenham além de chegar na área para finalizar esse tipo de jogada é também responsável por construir. Ao lado de Modric, já foi responsável por quatro finalizações aéreas da equipe no torneio. O líder é o lateral Juranovic, com cinco bolas levantadas que terminaram com conclusão a gol. Portanto, o Brasil deve ter atenção especial no trio para evitar tormentos aéreos na próxima sexta-feira.
A atenção do Brasil deve ser redobrada porque os únicos gols sofridos na Copa do Mundo nasceram de jogadas pelo alto. A bola parada aérea defensiva brasileira é uma dor de cabeça de Tite já desde as Eliminatórias.

A seleção brasileira do treinador se notabilizou por sofrer poucos gols e finalizações. Isso é fato e vem ocorrendo no Mundial. Porém, quando o adversário consegue atacar a defesa amarelinha é, na maioria das vezes, pelo alto. Desde que Tite assumiu a Seleção em 2016, o Brasil sofreu 29 gols: 18 nasceram de jogadas aéreas - 62% dos gols sofridos.
Nesta Copa do Mundo, o Brasil só fica atrás da Dinamarca na quantidade proporcional de arremates aéreos sofridos. Enquanto os europeus sofreram 58,97% das finalizações pelo alto, os brasileiros levaram 54,17%. Entre os classificados, só Marrocos se aproxima dos números: 51,52%.
Com uma estatura média alta, a Inglaterra é proporcionalmente a seleção que menos sofre com o jogo aéreo adversário e só permitiu 11 arremates pelo alto do outro time. E ainda segue ilesa até aqui. Com os números à disposição, as seleções começam a duelar por uma vaga entre os semifinalistas na próxima sexta-feira. Agora, cabe às comissões técnicas de cada equipe definir a melhor estratégia para anular o jogo aéreo adversário e explorar possíveis falhas pelo alto para chegar ao gol no Catar.

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