Operação
Ratatouille tem como objetivo cumprir um mandado de prisão e pelo menos oito de
busca e apreensão em vários endereços.
Agentes da Polícia Federal tentam cumprir, na manhã desta
quinta-feira (1°), um mandado de prisão contra Marco Antônio de Luca, é ligado
às empresas de alimentos Masan e Milano, e de busca e apreensão em diversos
endereços. A operação foi batizada de “Ratatouille” e é mais um desdobramento
da operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Por volta das 6h, os agentes chegaram à casa de Marco Antônio na Avenida Vieira, Souto, em Ipanema. A Masan tem vários contratos de fornecimento de comida com o estado. Juntas, as empresas Masan e Milano receberam mais de R$ 200 milhões do estado do Rj nos últimos 10 anos. Só no governo de Luiz Fernando Pezão, atual governador do estado e sucessor de Sérgio Cabral, as empresas receberam.
Agentes chegaram ao edifício de Marco Antônio pouco antes das 6h (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
Segundo as investigações, Marco de
Luca pagou pelo menos R$ 13 milhões em propina para a organização criminosa
liderada por Cabral para ganhar esses contratos. São investigados contratos de
alimentação hospitalar, escolar e de presídios.
Foto com guardanapo na cabeça
O empresário é
um dos integrantes do grupo que colocou guardanapos na cabeça em uma foto em
Paris. Na investigação sobre corrupção no Tribunal de Contas do Estado, ele foi
levado para prestar depoimento.
De acordo com depoimento de Luiz
Carlos Bezerra ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio, Marco
Antônio é a pessoa identificada como Loucco no controle de caixa do esquema de
corrupção liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral. São pelo menos 30
registros entre agosto de 2014 e novembro de 2016 feitos por “Loucco”.