Artista foi encontrado em carro no estacionamento do Instituto Médico Legal.
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(João Milet Meireller/Divulgação) |
Desaparecido desde a manhã de segunda-feira (30), o músico e compositor baiano Tuzé de Abreu, 70 anos, foi encontrado dormindo no estacionamento do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML). Segundo familiares, o artista saiu de casa dirigindo um carro modelo Gol branco (placa PKQ-9482) e, desde então, não tinha dado notícias. Preocupada, a família do artista procurou por ele em hospitais e locais públicos e chegou a registrar queixa na Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) na manhã desta terça-feira (1º).
[Atualização: Às 10h13, o CORREIO publicou uma matéria sobre o desaparecimento do músico; porém, às 10h20, a família informou que ele foi encontrado. A reportagem esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vale dos Barris, onde Tuzé estava sendo atendido]
Tuzé foi encontrado por um sobrinho dormindo dentro do carro no estacionamento do IML, onde trabalhou por mais de 30 anos. Por volta das 11h, familiares e amigos o levaram para a UPA dos Barris, onde foi atendido por médicos. "Ele estava bem desnorteado, então a gente acha que ele se perdeu e foi para o Nina Rodrigues", contou uma prima. Os familiares não quiseram dar mais informações sobre o ocorrido e sobre o estado de saúde do compositor.
"Ele saiu pela manhã por volta das 6h da manhã. Minha mãe achava que ele poderia ter ido até a escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Ufba), mas não conseguimos confirmar. Ele saiu de casa sem celular e buscamos em todos os lugares. Como esse comportamento não é do perfil dele, pedimos que quem tivesse alguma notícia dele entrasse em contato conosco", contou a filha dele, Rosa Abreu, mais cedo, ao CORREIO.
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Tuzé de Abreu e Gilberto Gil (Foto: Reprodução)
No primeiro show maior feito por eles, “O desembarque dos bichos após o dilúvio”, no teatro Vila Velha, eu participava cantando Meteorango Kid. Era muito bom cantar acompanhado por Pepeu e Jorginho Gomes. Não lembro se Didi já estava. Este show era muito original. Nós cantávamos muitas vezes mascarados. Eu fazia um certo charme. Dizia que tocassem a introdução que eu entraria. Mas nem sempre dava para chegar no início do show: às vezes, combinado com Olga Maimone, atriz que morava no teatro, eu chegava pela porta dos fundos, que dava para a rua da Gamboa, botava uma das muitas máscaras que eles tinham à disposição e entrava quando estavam tocando a introdução de Meteorango. E saía logo depois de acabar a música, pela mesma porta".CORREIO
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