» » » Câmara afasta prefeito investigado sob suspeita de fraude em compra de respiradores

Por 9 votos a 8 contrários, vereadores acataram denúncia do MPF contra Dr. Pitágoras; vice deve assumir cargo ainda nesta quinta (9).
Foto: Divulgação/ Prefeitura de Candeias
A Câmara de Vereadores de Candeias decidiu afastar o prefeito Pitágoras Alves da Silva Ibiapina, o Dr. Pitágoras Ibiapina (PP), investigado pelo MPF (Ministério Público Federal) sob suspeita de superfaturar a compra de respiradores em razão da pandemia de Covid-19. A decisão foi tomada durante uma sessão no plenário da Casa nesta quinta-feira (9)
Foram 9 votos favoráveis e 8 contrários ao prosseguimento da denúncia que é alvo de um inquérito requerido pelo procurador da República Ovídio Augusto Amoedo Machado.
Até a publicação do texto, não havia conseguido contatar o prefeito.
O afastamento de Pitágoras se dará em caráter cautelar, pelo período de 90 dias. A expectativa é que a vice-prefeita Maria Márcia Gomes (PSDB) seja empossada no cargo ainda hoje.
Na denúncia, o MPF apura a prática de sobrepreço, uma vez que o município teria desembolsado R$ 175 mil pelo valor unitário de oito ventiladores pulmonares —para efeito de comparação, a prefeitura de Salvador pagou R$ 32 mil pelo mesmo tipo de equipamento. A suspeita de superfaturamento foi feita por um morador de Candeias.
Em uma nota divulgada na semana passada, a gestão de Pitágoras informou que os respiradores foram adquiridos com base “em um avançado banco de dados, desenvolvido para auxiliar os entes públicos municipais, estaduais e federais em todas as fases da contratação pública”, denominado “Banco de Preços”. Também disse que a plataforma possui a maior base de consulta disponível no mercado, com mais de 82 milhões de preços, “o que amplia o resultado da pesquisa, afere a realidade dos preços e atende aos princípios constitucionais da economicidade e da moralidade”.
No ano passado, Pitágoras e a vice-prefeita foram acusados pelo MPF pelos crimes de abuso de poder econômico e compra de apoio político.
Na denúncia, a Procuradoria pediu a cassação de ambos.

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