Com oferta já aceita pela Petrobrás de US$ 1,65 bilhões (em torno de R$ 8,8 bilhões na cotação atual), a Refinaria Landulpho Alves vale entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões – R$ 16,1 bi a R$ 21,5 bi. O valor foi calculado pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, incluindo todos os ativos do complexo industrial baiano.
Na segunda-feira (8), a companhia confirmou que aceitou o valor proposto pelo fundo Mubadala. A Rlam deve ser a primeira refinaria a ser vendida entre as oito que a estatal pretende se desfazer. O fechamento do negócio depende apenas da aprovação pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A venda da Rlam também foi criticada nos meios políticos e entre os trabalhadores. “Landulfo Alves, a 1ª refinaria nacional, criada em 1950, foi vendida hoje. É o Brasil perdendo o controle do ciclo da produção de combustíveis. Além de tudo, a preço de banana”, escreveu, no Twitter, o ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSol).
“As consequências da venda da Rlam já podem ser antecipadas e não serão boas para os consumidores e para o país”, afirma o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, em nota no site da entidade. “A venda vai impactar a economia baiana e dos municípios localizados no entorno da Rlam, além de diminuir os níveis de investimento, emprego e direitos dos trabalhadores”. Os petroleiros sinalizam o início de greve ‘a qualquer momento’ em protesto contra o negócio. Com informações do Correio 24hs.