» » Quadrilhas continuam atacando agências bancárias na Bahia

 Somente este ano, 23 envolvidos neste tipo de crime foram presos.

Foto: Romildo de Jesus

Mais um ataque à agência bancária ocorreu na noite da última segunda-feira (4), desta vez no Bradesco da cidade de Chorrochó,  Norte da Bahia. De acordo com o Sindicato dos Bancários, este foi o 40º ataque  que atingiu  instituições financeiras no estado, somente em 2021. As agências do interior seguem sendo as mais atingidas, com 28 ocorrências. Em Salvador, foram 12 ataques. As explosões também são a maioria com 32 casos. 

Os dados preocupantes  reforçam a cobrança do Sindicato dos Bancários da Bahia por investimento em segurança por parte das empresas e um trabalho conjunto com o poder público, conforme afirma o presidente do Sindicato e vereador de Salvador Augusto Vasconcelos.

“É lamentável o que está ocorrendo neste ano. Temos buscado com a Secretaria de Segurança Pública (SSP/BA) a ampliação dos investimentos na área da investigação e também no desbaratamento destas quadrilhas. Temos cobrado dos bancos através de reuniões constantes com a FENABAN, que também desenvolvam dispositivos de seguranças mais eficazes. Já apresentamos a sugestão que todo o caixa eletrônico tenha um dispositivo que dilacere as cédulas no momento de uma eventual explosão para que os bandidos não levem qualquer quantia num episódio como este o que vai inibir a atuação das quadrilhas. Também estamos preocupados com os empregos, pois uma agência explodida fica meses ou até anos sem reabrir e acaba com desligamento de bancários, vigilantes, prestadores de serviço trazendo impacto forte no desemprego”.

O sindicato alerta ainda que além do desemprego nas localidades afetadas pelas ocorrências, o medo e o adoecimento, sobretudo os transtornos psíquicos, tornam realidade para os trabalhadores. Toda a economia da região também é penalizada. Outra medida citada pelo sindicato seria a fiscalização do tráfico de explosivos nas estradas baianas através das Forças Armadas e Polícia Federal.

A Polícia Civil informou que o crime foi praticado por cerca de oito homens, com armas de grosso calibre. A perícia foi acionada e diligências foram realizadas na tentativa de localizar os suspeitos. O Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e a Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin)  investigam o caso. A agência ficou completamente destruída com a explosão.

A Secretaria da Segurança Pública informou através de nota enviada à Tribuna da Bahia que as polícias Militar e Civil têm desenvolvido inúmeras ações para combater organizações criminosas responsáveis por roubos a banco na Bahia.

“Somente  este ano, 23 envolvidos  neste tipo de crime foram presos e 15 morreram em confrontos com as equipes policiais. Também  foram apreendidas 39 armas com as  quadrilhas  especializadas, entre fuzis, metralhadoras e pistolas, bem como mais de R$ 350 mil fruto de ações criminosas foram recuperados”.

 A SSP informa ainda que na última sexta-feira (1º), a Polícia Militar (PM)  e a Polícia Rodoviária Federal (  PRF)  apreenderam explosivos e uma carabina com um grupo que pretendia atacar uma agência na cidade de Potiraguá. No confronto, quatro criminosos acabaram atingidos e não resistiram. No mesmo dia, a PC capturou um criminoso que violou a tornozeleira eletrônica e seguia participando de ataques contra instituições financeiras. O assaltante havia sido preso e colocado em liberdade provisória.

O Bradesco informou que a agência permanecerá fechada por causa dos danos causados pela explosão, mas que a empresa trabalhará para reabrir o mais breve possível. Os clientes serão direcionados para o Posto de Atendimento de Macururé e para as 13 unidades do Bradesco Expresso na região.Tribuna da Bahia


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