» » Ataques de aranhas se tornam pesadelo em vários bairros da cidade

Espécies marrom e armadeira costumam aparecer com mais frequência, e picada pode causar sintomas como dor e febre.

Foto: Alan Levine

O ano começou com um susto para Ana Beatriz Santos, que foi internada às pressas no Hospital Tereza de Lisieux por conta de uma picada de aranha no sábado (1), enquanto estava em sua casa, na Federação. Entre os sintomas, febre e inchaço no local do ferimento. Durante o ano passado, foram 749 casos de picadas de aranhas em toda a Bahia; além da aranha-marrom, as aranhas armadeiras também são bastante comuns em Salvador. Embora prefiram ambientes arborizados, o desmatamento de áreas verdes e as eventuais chuvas que caem em Salvador tornam o momento perfeito para que esses animais procurem esconderijos dentro de casa, como partes de baixo e de trás dos móveis, cantos de paredes, debaixo de telhas e outros lugares escuros.

Ainda que aranhas coloquem muita gente para correr de medo, é importante registrar qual foi o tipo que atacou, para que se saiba quais providências tomar. O coordenador do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (Ciatox) Jucelino Nery recomenda que se fotografe o animal de preferência em boa resolução e mostre a imagem aos profissionais de saúde, uma vez que há diferença entre os aracnídeos. “É importante ressaltar que nem toda aranha de cor marrom é a aranha-marrom de importância clínica”, disse o especialista. Em caso de acidente, é importante que a pessoa não tente resolver por conta própria com aplicação de produtos sobre o local atingido, pois eles podem piorar a situação e causar uma infecção secundária, sem relação com o veneno da aranha.

“É decorrente da entrada de bactérias no local da picada, por conta de alguma coisa que foi passada no local ou por bactérias da própria pele, não relacionadas com o veneno”, explicou o coordenador do Ciatox, que acredita ter sido uma aranha-armadeira a picar Ana Beatriz. Com um veneno bastante nocivo, que em casos graves pode fazer a pessoa picada vir a óbito, a armadeira costuma ser mais frequente nos ambientes domésticos, vivendo facilmente dentro de sapatos e móveis fechados. Assim, Nery recomenda que quem for picado por animais peçonhentos procure o quanto antes uma unidade de saúde ou mesmo a unidade de referência para envenenamentos, situada no Hospital Geral Roberto Santos, no Saboeiro.

Como prevenção, a população deve manter casas, jardins e quintais limpos e sem acúmulo de entulhos, materiais de construção e outros tipos de lixo, que podem atrair não só aranhas como escorpiões, que também buscam refúgio nos ambientes urbanos e possuem picadas igualmente perigosas. Deve-se cobrir também buracos e frestas nas paredes; nas localidades com maior incidência das aracnídeas, é importante verificar roupas, sapatos e materias de cama, mesa e banho antes de usá-los, pois a maior probabilidade de picadas na cidade é justamente quando a aranha é esmagada contra o corpo da pessoa; como em alguns casos a dor não é imediata, o veneno pode se espalhar sem que ela saiba, dificultando o tratamento nas unidades de saúde.Fonte:Tribuna da Bahia

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