» » Pedestres reclamam de segurança e falta de estrutura nas passarelas

Com o intuito de proteger os pedestres e facilitar suas vidas, as passarelas nem sempre têm cumprido esta função na capital baiana. Os usuários se queixam de falta de segurança, iluminação e a longa distância entre uma e outra, obrigando pessoas a caminhar por longos trajetos ou se arriscar nas grandes avenidas. A Tribuna da Bahia percorreu algumas avenidas e constatou os problemas estruturais, além de ouvir muita insatisfação popular.

Foto: Romildo de Jesus

Além de facilitar a vida dos pedestres, as passarelas abrigam um número grande de ambulantes, moradores de ruas e até artistas que se apresentam com números circenses em busca de alguns trocados. Na passarela que liga um lado da Avenida Paralela ao outro onde está situada a Faculdade Jorge Amado, alguns ambulantes tiveram medo de expor o que pensam, mas é notória a iluminação precária e a falta de segurança. “Eu passo pela manhã logo cedo para pegar no trabalho, dá um medo horrível, a iluminação é péssima e não tem um segurança na área”, diz Thalia, 27 anos.

A passarela da estação Mussurunga do metrô apresenta uma estrutura precária e improvisada, “essa Passarela que liga o metrô a Mussurunga não tem segurança alguma. Toda vez que chove ou venta muito, o teto balança. Outro dia fizeram umas "gambiarras" com fios , arames e nada resolveu aqui se chover ou ventar forte vai voar o teto. Sempre a  partir das 17 horas existem vários assaltos, diariamente por conta também da falta de iluminação”, conta  Simone Gonçalves,48, moradora de Mussurunga. Luciana de Jesus, 36, lamenta: "Isso é só uma carcaça, finalização que é bom ninguém falou ainda”.

A Guarda Civil Municipal informou em nota que hoje atua com a operação Arcanjo Azul, em pontos de ônibus da cidade, inclusive em áreas com passarelas. “Sempre das 05 às 08h e das 17 às 20h. Horário de grandes fluxos que foram identificados como momentos em que ocorreram roubos. A ação foi lançada pela Prefeitura, juntamente com a operação ponto iluminado, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). A Operação acontece simultaneamente em mais de 10 pontos diferentes, que são diariamente modificados sem divulgação prévia, para garantir que suspeitos de roubos se programem”.

De acordo com Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), vinculada à Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman) as manutenções periódicas de passarelas devido ao vandalismo consistem na troca de pisos, manutenção de estrutura, pintura, cobertura, além de retirada de pichação e panfletos, muitos pisos sofrem o desgaste natural, mas outros são furados por vândalos, além de roubar pedaços do nosso guarda corpos, em aço galvanizado. Para tentar combater o problema, a Desal vem realizando constantemente serviços de manutenção em passarelas da capital baiana, e dobrando as vistorias, a exemplo das últimas ações em equipamentos na região de São Cristóvão.

Estado de conservação das passarelas | Foto: Romildo de Jesus

O presidente da Desal, Virgílio Daltro, salienta que “as ações de manutenção seguem sendo feitas diariamente através dos setores de serralheria e fabril, para identificar os problemas, equipes de técnicos da Companhia fazem vistorias diárias alcançando no final do mês, as trinta passarelas gerenciadas pela prefeitura”. Para colaborar com a fiscalização, o cidadão pode denunciar os problemas através do Fala Salvador, no número telefônico 156.

Nas  últimas semanas, foram vistoriadas as passarelas da via Expressa (entrada do Beco do Cirilo e nas imediações da Retirauto e da Igreja Cristã do Brasil), Avenida Vasco da Gama (posto São Jorge), Bonocô (imediações da Revisa), Avenida Tancredo Neves (Shopping Sumaré, Casa do Comércio e Desenbahia), Avenida ACM (Teresa de Lisieux e passarela da Petrobras), Avenida Luís Viana Filho (Extra, Faculdade Jorge Amado, Imbuí, Faculdade de Tecnologia e Ciência e Hospital Sarah) e Pernambués (Shopping Bela Vista).  Já as passarelas da Avenida Vasco da Gama foram trocadas por novas através do sistema BRT, nos últimos dois anos a prefeitura entregou dois equipamentos novos na Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô) e fez trocas pontuais em todos os 30 equipamentos.

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