» » Ocupação nas UTIs cai para 34% e leitos são desativados

Depois de ver a ocupação nos leitos de UTI exclusivos para a Covid ultrapassar os 70% no início de fevereiro, Salvador agora parece dar um respiro. Com a porcentagem de internados com quadros mais graves reduzida para 34% até o fechamento desta edição, algumas estruturas foram desmobilizadas.
Foto: Betto Jr./Secom

A Prefeitura de Salvador já sinalizava para a possibilidade desde a semana passada, depois de a capital baiana registrar o menor fator RT desde o começo da crise sanitária. O processo de desativação foi confirmado pelo prefeito Bruno Reis (União). Desde ontem (3), duas mini Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) instaladas emergencialmente com a onda de "flurona" para desafogar o fluxo de pacientes nas emergências já não operam.

As reversões também aconteceram nos gripários, portas de entrada para receber quem tem sintomas mais brandos. De acordo com Bruno, a expectativa é fechar todos os pontos de atendimento para síndromes gripais, caso a melhora no quadro da pandemia em Salvador se mantenha. Ao todo, o município fechou 50 leitos exclusivos Covid, sendo 41 de enfermaria e dez no Hospital Sagrada Família, mobilizado pelo poder municipal para atender pacientes regulados. O motivo alegado pela prefeitura foi a falta de demanda.

"À medida que os números estiverem em queda como estão, vamos desmobilizando mais leitos. Os números estão caindo na mesma proporção que cresceram com a variante ômicron, e isso permite que a gente adote com segurança essas medidas", frisou Bruno Reis. Quem precisar de um gripário continuará a contar com a tenda montada na UPA dos Barris, e as duas mini UPAs ainda em funcionamento estão nos postos dos bairros de IAPI e Pirajá.

Porém, os especialistas em saúde acreditam que a cautela é a melhor atitude a tomar por parte da população. O infectologista Antônio Bandeira, atuante no Hospital Aeroporto e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, reconhece a melhora no quadro da pandemia na cidade e no Estado como um todo. "O esgotamento no número de pessoas suscetíveis juntamente com as elevadas taxas de vacinação podem justificar essa redução".

Mas não se deve assumir que a pandemia acabou: o especialista segue recomendando o uso de boas máscaras, como as N95 e as cirúrgicas, assim como todos os cuidados aprendidos durante os últimos dois anos. Além disso, é indispensável que se coloque a dose de reforço em dia, visto que a maioria dos casos que demandam internação são representados por pessoas com o esquema incompleto de vacinação.

Fonte:TribunadaBahia

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